Pesquisar

Industrialização e tecnologia aumentam a produtividade na construção civil

industrializacao tecnologia economiapr
Foto: Divulgação Orpec

A baixa produtividade é um dos desafios da construção civil no Brasil, que carece de industrialização para driblar obstáculos como a falta de mão-de-obra qualificada, o custo relativamente alto da força de trabalho, a falta de inovação, além da burocracia, que dificulta o processo de licenciamento das obras.

A avaliação é de Alexandre Pandolfo, Head de Operações da Associação Brasileira Brasileira de Fôrmas, Escoramentos e Acesso (ABRASFE).

Ele acredita que a construção civil no Brasil está paralisada na década de 1980, porque ainda é arcaica e pouco racionalizada o que não faz mais sentido na atualidade.

“Apesar do setor ocupar espaço relevante na economia nacional, resiste em incorporar processos novos de produção para finalmente entrar no século 21. E esse é o “calcanhar de Aquiles” da construção civil”, afirma Pandolfo.

Ele acrescenta, inclusive, que a Inteligência Artificial redesenhou como se projeta, planeja e até executa uma obra.

“Em outros países, já há máquinas que trabalham sozinhas e cronogramas que se ajustam em tempo real para diminuir desperdícios. Os exoesqueletos já ajudam os operários a carregarem pesos. O futuro na construção civil já começou e as empresas que insistirem em se manter no passado vão perder competividade”, salienta Pandolfo.

Para ele, uma das saídas para aumentar a produtividade do setor é investir em tecnologia. Uma delas é o sistema construtivo modular, capaz de atacar em três frentes: reduz o tempo, a mão de obra e garante previsibilidade de custos.

“A modularização permite construir edifícios em módulos padronizados, que podem ser fabricados em grande escala e montados nos canteiros de obras. Esses materiais industrializados proporcionam velocidade e qualidade de produção”, pontua o Head de Operações da ABRASFE.

Para que essa industrialização ocorra, entretanto, o setor precisa trabalhar em projetos integrados, que envolvam as partes interessadas desde as fases iniciais de uma obra para otimizar a construção e evitar retrabalho.

“É necessário criar parcerias com indústrias para a produção de componentes e sistemas, além de estimular a pesquisa e o desenvolvimento de novas tecnologias e materiais para industrializar a construção”, destaca Alexandre Pandolfo.

A paranaense Orpec já está inserida neste contexto e lançou o Alupec: um sistema exclusivo para o escoramento de lajes maciças, planas e protendidas, e alia alta resistência, agilidade e economia em cada etapa da obra.

O sistema de escoramento metálico é leve, de fácil montagem, alta produtividade e máxima segurança.

“Com ele quatro colaboradores conseguem fazer 40 m² por hora e finalizar quatro lajes por mês. É leve e a montagem é intuitiva”, destaca Júlio Mouro, diretor de operações da Orpec.

O Alupec combina perfis de alumínio com escoras metálicas reforçadas para formar um conjunto ideal para grandes obras e também para canteiros otimizados. Por ser compatível com vários tipos de escora metálica e andaime, amplia a flexibilidade no canteiro.

A Orpec atua em serviços industriais, infraestrutura, edificações e grandes eventos. O parque fabril de 72 mil metros quadrados, possui uma capacidade instalada de 300 toneladas por mês e a fabricação de uma escora a cada três minutos.

Compartilhe

Leia também

aliquota ipva economiapr

Com redução de 45%, PR terá menor alíquota de IPVA do Brasil em 2026

retail day economiapr

Retail Tech Day debate inovação no setor varejista

olimpiada inovacao economiapr

PR terá 2,1 mil alunos na nova etapa da Olimpíada de Inovação