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Geração Z redesenha o futuro do trabalho no setor de telecomunicações

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Foto: View Apart/Canva

Composta por jovens nascidos entre 1996 e 2010, a Geração Z vem provocando transformações profundas no mundo corporativo.

Esses nativos digitais que cresceram com acesso constante à internet e têm fluência em redes sociais, smartphones e ferramentas digitais, valorizam a inclusão, a justiça social e o aprendizado autodirigido, e, à medida que avançam no mercado de trabalho, redesenham as expectativas em torno de carreira, propósito e liderança.

Segundo dados do relatório da McKinsey, em 2025 essa geração representa cerca de 25% da força de trabalho global. No setor de telecomunicações, esse impacto já é sentido com intensidade.

De acordo com pesquisa da Deloitte, 71% dos líderes do setor reconhecem que a presença da Geração Z vem acelerando iniciativas de digitalização, revisão de políticas de RH e inovação cultural nas empresas.

Um estudo da plataforma Slingshot mostra que 74% dos profissionais da Geração Z usam dados como base para suas decisões no trabalho, mais do que qualquer outra geração.

Essa afinidade com números, aliada à expectativa de ascensão acelerada, tem colocado o RH diante de um novo dilema: como manter engajados profissionais que não seguem os modelos tradicionais de carreira?

“Essa geração tem pressa, quer ser ouvida e valorizada desde o primeiro dia. Eles esperam uma gestão mais transparente, oportunidades reais de desenvolvimento e ambientes de trabalho alinhados aos seus valores”, explica Isabela Sena, diretora de Gente e Comunicação da Ligga Telecom, operadora de telecomunicações referência no Paraná e que já conta com 170 profissionais da Geração Z em seu quadro de colaboradores – cerca de 20% do total.

O desafio é grande. De acordo com dados do relatório “Tendências de Gestão de Pessoas”, do Ecossistema Great People & GPTW, 68,1% dos empregadores têm dificuldades para lidar com a Geração Z – um percentual que supera o de qualquer outra faixa etária.

Entre as principais queixas dos gestores estão a aparente falta de comprometimento (59%) e a ansiedade por crescimento rápido (21%).

No entanto, especialistas em gestão alertam: é preciso ir além dos estereótipos. 

“Quando as empresas criam espaços de escuta e oferecem trilhas de desenvolvimento coerentes com os valores, as expectativas e o estilo de aprendizagem desse perfil, os jovens entregam inovação, dinamismo e forte capacidade de adaptação. O que eles não toleram é falta de propósito ou ambientes engessados”, diz Isabela.

No setor de telecomunicações, onde a transformação digital é constante, a presença da Geração Z pode ser uma vantagem competitiva. Para a executiva, esses profissionais têm facilidade para lidar com a tecnologia, entender os dados e propor soluções mais ágeis e conectadas ao novo perfil do consumidor. 

“Mas, para isso, precisam de lideranças preparadas para escutá-los e orientá-los”, reforça.

3 dicas para a Geração Z se destacar na área de Telecomunicações:

  1. Aprofunde seu domínio em dados e análise: As decisões estão cada vez mais orientadas por métricas, saber interpretar dados é uma habilidade essencial. 

    “Para quem quer crescer rápido e assumir posições estratégicas, é investir em cursos de BI, analytics e ferramentas digitais”, sugere.
  2. Conecte-se com o propósito da empresa: Mais do que benefícios, a GenZ busca significado no trabalho. 

    “Entender os valores da empresa, o impacto dos seus serviços na sociedade e como sua atuação pode contribuir para a missão coletiva, é fundamental para o engajamento e a realização profissional”, pontua a executiva.
  3. Desenvolva habilidades de comunicação e colaboração intergeracional: Saber dialogar com diferentes gerações, especialmente líderes mais experientes, é um diferencial. 

    “Seja claro, flexível e aberto ao aprendizado mútuo”, conclui Isabela.

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