Pesquisa realizada pelo Great Place to Work (GPTW) – com a divulgação do relatório “Tendências de Gestão de Pessoas 2025” – aponta a comunicação interna como o maior desafio das empresas.
Dos 2.134 respondentes, atuantes em diferentes segmentos, tais como tecnologia, indústria, serviços, varejo, atacado, saúde e consultorias, a maior parte está localizada nos estados de São Paulo, Paraná e Minas Gerais (estados com ótimos indicadores de desenvolvimento humano e social, diga-se de passagem).
Depois da comunicação interna, de acordo com a pesquisa, o segundo maior desafio dos negócios está relacionado à saúde mental dos colaboradores; em seguida, vêm o desenvolvimento da liderança e, na quarta posição, a manutenção da cultura organizacional.
E no que consiste a comunicação interna de uma empresa, afinal?
De forma bastante simples, ela se baseia no entrosamento dos colaboradores: como as informações fluem dentro do seu negócio, como é a sinergia da equipe na execução dos projetos. E, claro, tudo isso reflete no clima organizacional.
Dentre os pontos que destacam os desafios da comunicação interna de uma organização, podemos citar:
– Gerações: ainda vamos falar muito sobre este assunto! Cada uma tem perfis, necessidades e prioridades distintas, o que resulta em entregas e relacionamentos diversos no ambiente corporativo.
Por um lado, isso traz pluralidade e diferentes visões de trabalho (o que é sempre bem-vindo, pois ajuda no amadurecimento do time, na melhoria de processos, entre tantos outros aspectos); por outro, aumentam-se as chances de ruídos na interação – em decorrência do tipo de linguagem, do repertório, do tempo de experiência no mercado de trabalho, do tempo de resposta, do canal de comunicação usado…
– Ambientes híbridos e/ou remotos: e o constante desafio de fazer as informações fluírem pelos canais de comunicação de forma que elas sejam de fato compreendidas. Afinal, existe uma diferença gritante entre informar/postar e realmente saber se a mensagem foi assimilada.
Comunicar é tornar comum, é fazer com que a mensagem seja transmitida de modo que o outro compreenda – e isso, nos tempos atuais, tem sido cada vez mais complexo.
Com a finalidade de apoio – independentemente do porte do seu negócio – gostaria que considerasse a análise de alguns pontos quando falamos de comunicação interna:
– Canais de comunicação: e-mails, chats, murais, informativos, revistas, portais, e-books, reuniões periódicas… Quais são os meios que sua empresa utiliza para se comunicar com o colaborador? Não importa se são 5, 50 ou 5 mil pessoas.
Estruturar formas de fazer a informação circular e certificar-se de que ela foi compreendida é parte da gestão de qualquer negócio.
– Comunicação horizontal: informações que transitam de ponta a ponta, com menos possibilidades de ruídos ou distorções, mantendo a equipe informada e gerando entrosamento com a atividade e com a marca.
Aqui, vale considerar a boa performance da diretoria, que pode (e deve) ter momentos de conexão com os colaboradores – por vídeo, pequenos encontros, cafés e outras ações pertinentes à rotina de cada organização.
A presença do líder/gestor fortalece a imagem da empresa, une colaborador e marca de forma mais transparente e reforça o comprometimento da equipe.
– Ações de engajamento: não é só homenagear aniversariantes do mês, ter ações concretas de apoio à próxima mamãe do time, promover happy hours, oferecer folga no dia do aniversário ou estimular a prática de atividade física.
Estas – e muitas outras – ações são válidas e pertinentes, desde que estejam alinhadas à cultura da empresa e tenham relação com o clima organizacional. De nada vale ter um monte de ações aparentemente benéficas e, ao mesmo tempo, manter a “rádio peão” ativa e um clima ruim no ar.
A comunicação interna figura entre os principais indicadores desde 2021, assumindo constantemente o segundo lugar. Subir uma posição nesta nova pesquisa mostra, mais uma vez, que os desafios são latentes, que precisamos olhar para eles e buscar soluções que caibam no seu segmento de atuação.
Não há receitas que funcionem para todos. Entender o que se faz e com quem se fala é essencial para termos canais de comunicação abertos, fluxos de informação mais fluidos e pessoas mais envolvidas no processo.
Essa cadência reflete diretamente nos resultados financeiros – pode apostar!