A Harmony, fabricante de móveis sustentáveis fundada nos Estados Unidos, inaugurou, em 2022, uma nova unidade em Maringá com o objetivo de fortalecer o setor moveleiro no Brasil. A iniciativa deve impulsionar o volume de exportações de móveis de madeira do país, que, no mesmo ano, alcançou 252,5 mil toneladas, gerando US$ 810,9 milhões em receitas – um aumento de 16,8% em relação ao ano anterior.
A empresa aposta na produção sustentável e na alta qualidade dos materiais como diferenciais competitivos, alinhando-se à crescente demanda do mercado internacional por produtos que respeitem o meio ambiente.
Para este ano, a empresa estima um faturamento de US$ 12 milhões, incluindo as operações no Brasil e nos Estados Unidos. Com planos de expansão digital e novos projetos gráficos em 3D para 2025, a Harmony pretende se destacar ainda mais no nicho de móveis para interiores, oferecendo soluções inovadoras e sustentáveis para o mercado global, como conta o CEO, Salim Skaf, neste Economia PR Drops. Confira:
O que motivou a escolha de Maringá como sede da Harmony Brasil?
Salim: Escolhemos Maringá por ser uma cidade com alto índice de IDH e qualidade de vida. Como empresário, sempre me preocupei com o bem-estar da equipe para o sucesso do trabalho. Além disso, Maringá é próxima ao porto de Paranaguá, que permite maior competitividade no cenário de exportação.
Como vocês veem o cenário atual do mercado moveleiro no Paraná e no Brasil em geral?
Salim: Nós enxergamos um grande potencial de crescimento no mercado moveleiro, no Paraná, no Brasil, e nos Estados Unidos. Em geral apostamos numa visão de móveis de qualidade, com preço correto e diferenciais de sustentabilidade e materiais nobres. Essa é uma tendência global no setor moveleiro, e boa parte do nosso sucesso é ser pioneiro em tudo isso no Brasil e nos Estados Unidos.
Como o Paraná pode se destacar ainda mais como um polo de produção e exportação de móveis?
Salim: O Paraná tem tudo para se destacar ainda mais como polo de produção e exportação de móveis. O estado é bem gerido, as cidades bem geridas, e a qualidade de vida elevada facilita para ampliar a capacitação de mão de obra de qualidade que necessitamos. E tem também a proximidade ao porto, como mencionei, que acaba gerando diferencial de custo e consequentemente aumento do sucesso dos empresários do setor nesse estado.
Quais tendências de consumo vocês observam atualmente no mercado de móveis, especialmente em relação à sustentabilidade e ao design?
Salim: O design está caminhando na direção do natural, do sustentável na edificação de casas e consequentemente os móveis ganham esse propósito e significado na vida de quem os compra.
Como a demanda por móveis sustentáveis tem evoluído nos últimos anos e quais são as projeções para o futuro?
Salim: Temos visto uma crescente demanda pelos nossos móveis, em geral os tapetes de reciclados estão ganhando interesse dos consumidores no mundo todo, vencendo um preconceito antigo.
Quais os próximos passos da fábrica em Maringá e da marca? Há previsões de novos investimentos no estado?
Salim: A fábrica vai passar por uma etapa de expansão ainda esse ano de 2024. Estamos expandindo 30% e devemos chegar a mais de 100 funcionários no Brasil até final do ano. As vendas têm crescido em um ritmo acima do esperado. Depois dessa expansão, estamos prevendo triplicar a capacidade da fábrica em até 3 anos, com novos investimentos para expandir ainda mais em todo o estado.