O Outubro Rosa é um mês de conscientização sobre a prevenção e o diagnóstico precoce do câncer de mama, uma doença que continua a afetar milhares de mulheres em todo o Brasil.
Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer de mama é o segundo tumor maligno mais incidente entre as mulheres no país, ficando atrás apenas do câncer de pele não melanoma.
A estimativa do INCA para o período de 2023 a 2025 é que 73.610 novos casos sejam diagnosticados, com uma taxa de incidência de 41,89 casos por 100.000 mulheres. As regiões Sul e Sudeste apresentam as maiores taxas de incidência, e a média de idade das mulheres afetadas é de 53 anos.
Segundo o estudo “Estimativa 2023 – Incidência de Câncer no Brasil”, divulgado pelo INCA, o Paraná deve registrar aproximadamente 36.900 novos casos de câncer por ano entre 2023 e 2025, totalizando mais de 110 mil casos nesse período.
Entre os tipos de câncer mais prevalentes no estado, o câncer de mama feminina se destaca, com uma projeção de 3.650 novos casos anuais.
Para trabalhar o tema tanto com as mulheres, como com os especialistas, o Instituto de Oncologia do Paraná (IOP) fará diversas ações ao longo do mês. De 2 a 5 de outubro, será realizada a 4ª edição do MoonShot – Congresso Internacional do IOP, no Museu Oscar Niemeyer, em Curitiba, tendo entre os palestrantes quatro convidados internacionais.
Uma oportunidade única para médicos, residentes, acadêmicos e especialistas da área da saúde e com inscrições gratuitas. Um dos módulos será o de Mama, tendo como destaque a convidada argentina Dra. Carola Allemand, que participará da conferência: “Qual a perspectiva da cirurgia mamária na vigência das novas terapias e tecnologias?”.
Além disso, o IOP é apoiador do “Rosas dos Ventos 2024”, que será dia 8 de outubro, a partir das 18h, na Ligga Arena, promovido pela Fundação Club Athletico Paranaense (FUNCAP).
O evento busca conscientizar sobre o câncer de mama e apoiar as mulheres que passam ou passaram pelo tratamento da doença.
Haverá palestras com Marcos Piangers e Carol Busatto, além da participação da oncologista do IOP, Dra. Caroline de Nadai, que falará sobre “Câncer de Mama – 10 minutos que salvam vidas: O Valor da Prevenção e Diagnóstico Precoce”.
Entre os principais fatores de risco para o desenvolvimento do câncer de mama estão o envelhecimento, histórico familiar, menopausa tardia, gravidez após os 35 anos, uso de anticoncepcionais, sedentarismo, obesidade e consumo de álcool.
O diagnóstico precoce é crucial para aumentar as chances de cura, tornando fundamental a realização de exames de rotina, como a mamografia e a participação ativa em campanhas de prevenção.
De acordo com o cirurgião oncológico e mastologista do IOP, Dr. José Clemente Linhares, o diagnóstico do câncer de mama tem ocorrido de forma cada vez mais precoce.
“Temos observado um aumento significativo no número de lesões diagnosticadas no estágio 1, em comparação com os estágios mais avançados, como os estágios 2 e 3. Isso permite tratamentos menos agressivos e aumenta as taxas de cura”, afirma Dr. Linhares.
O tratamento do câncer de mama envolve uma combinação de cirurgia, radioterapia e medicamentos, sempre personalizados de acordo com o estágio da doença e o perfil molecular e genético do tumor.
Nos últimos anos, a evolução nos tratamentos inclui novas drogas, como os medicamentos imunológicos, e avanços na radioterapia, como a redução do fracionamento, que diminui o tempo de tratamento, oferecendo mais conforto e eficácia aos pacientes.
Outro ponto de atenção importante é a hereditariedade, que está presente em cerca de 10% dos casos de câncer de mama.
Mulheres com histórico familiar de câncer de mama ou ovário, especialmente aquelas com mutações nos genes BRCA1 e BRCA2, têm um risco aumentado de desenvolver a doença, o que reforça a importância da prevenção e do monitoramento regular.
Durante o Outubro Rosa, o IOP reafirma a importância do diagnóstico precoce e incentiva todas as mulheres a realizarem seus exames de rotina e adotarem um estilo de vida saudável.