Já que novembro bate à porta, é hora de começar os preparativos para o mês do Empreendedorismo Feminino. A data, oficializada pela ONU em 2014, é celebrada no dia 19 a nível mundial e visa reconhecer e apoiar empreendedoras de todo o mundo.
Para entrar no clima de “sororidade comemorativa”, o Economia PR está preparando um especial para o próximo mês.
Em nossas redes sociais, como Instagram e Linkedin, estamos recebendo indicações de empreendedoras dos nossos leitores. Selecionaremos 10 mulheres (cinco em cada plataforma) para entrevistas e mostrar a força da empreendedora paranaense.
As indicações devem ser feitas nos comentários das publicações oficiais (no Instagram e no Linkedin) até o dia 01º de novembro.
No dia 04, segunda-feira, iremos revelar as mulheres escolhidas para as entrevistas, que serão divulgadas no portal no decorrer do mês.
Em apenas um dia, só no Instagram, foram mais de 200 comentários – e contando!
Por que o mês do empreendedorismo feminino é tão importante?
Dados do SEBRAE ilustram a complexidade do cenário: as mulheres, embora tenham taxas de escolaridade mais altas que os homens, enfrentam obstáculos que comprometem o faturamento e a sustentabilidade de suas empresas.
O levantamento aponta que mulheres no Brasil abrem negócios em proporção similar aos homens, mas esses empreendimentos têm menor lucro, menor inovação e baixa diversificação.
A realidade das empreendedoras é marcada por fatores estruturais e culturais que vão além dos desafios comuns do empreendedorismo, dentre eles:
- Apoio dos parceiros: O apoio familiar e dos parceiros é menor para mulheres empreendedoras do que para homens. Enquanto 68% dos homens relataram receber apoio de seus parceiros, esse número cai para 61% entre as mulheres.
- Influência da maternidade: A maternidade é um fator decisivo para 68% das mulheres que escolhem empreender, enquanto 56% dos homens identificaram a paternidade como fator influente.
- Sobrecarga de responsabilidades: O estudo mostrou que 76% das mulheres sentem uma sobrecarga ao conciliar o trabalho com as demandas familiares, em comparação a 55% dos homens.
- Sacrifício do tempo pessoal: Em um esforço para atender às necessidades familiares, 61% das mulheres afirmaram ter sacrificado atividades pessoais, frente a 48% dos homens.
- Autoconfiança e realização de sonhos: As mulheres também relatam menor autoconfiança em relação aos homens. Esse fator psicológico é crucial para a tomada de decisões estratégicas e expansão de negócios.
- Preconceito de gênero: Quase 25% das mulheres afirmaram ter sido alvo de preconceito em suas atividades empresariais, enquanto 42% já presenciaram situações de discriminação envolvendo outras mulheres.
- Carga de trabalho domiciliar: As mulheres dedicam, em média, 3,1 horas diárias ao cuidado familiar e 2,9 horas às tarefas domésticas. Em comparação, os homens gastam apenas 1,6 horas e 1,5 horas, respectivamente, o que reforça o desequilíbrio na divisão de tarefas e o peso da “dupla jornada”.
O reconhecimento do Dia do Empreendedorismo Feminino simboliza a necessidade de fomentar políticas e redes de apoio que estimulem o desenvolvimento econômico e social das mulheres.
Ao reduzir as desigualdades estruturais que afetam as empreendedoras, o Brasil não apenas promoveria o crescimento individual dessas empresárias, mas também impulsionaria o empoderamento econômico feminino e o desenvolvimento social mais amplo, favorecendo toda a sociedade.
Então, vamos juntos nessa?