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A importância do relacionamento entre empresas e universidades

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Foto: Divulgação

Em um mundo onde bytes e algoritmos parecem comandar nossas vidas, existe um movimento silencioso que busca algo mais profundo: a humanização da tecnologia.

A sinergia entre empresas e universidades, tão frequentemente mencionada, raramente é executada com a maestria necessária para gerar impactos reais.

No entanto, a recente participação da agência de marketing digital SD3, representante do Grupo SD, na 11ª Jornada de Comunicação Institucional da Universidade Federal do Paraná (UFPR) provou que essa colaboração pode ir muito além de uma simples troca de cartões de visita — trata-se de redefinir os contornos da inovação e moldar uma nova geração de profissionais.

A convite da professora Letícia Hermann, nomes de peso da SD3 — o CEO Fernando Soni e o COO Luiz Renato Turra— subiram ao palco para discutir a “humanização digital”, um conceito que ainda soa paradoxal para muitos.

Como pode a tecnologia, tantas vezes vista como fria e calculista, abraçar a empatia e a autenticidade?

Com a palestra “Além dos Bits: a busca por humanização em um mundo digital”, os executivos da SD3 não apenas apresentaram suas práticas, mas desafiaram o público a repensar o papel da comunicação nas empresas.

“Nosso objetivo vai além de alcançar consumidores — buscamos criar experiências que façam as pessoas sentirem que estão sendo ouvidas e compreendidas”, declarou Soni, dando início a uma discussão sobre o impacto real de estratégias focadas no ser humano em um mercado dominado por automações.

O storytelling emergiu como o grande protagonista do debate. Os palestrantes da SD3 ilustraram como a arte de contar histórias não é apenas uma ferramenta, mas uma ponte que conecta marcas e pessoas em um nível emocional.

Citando campanhas de sucesso da agência, eles mostraram que, em um mundo repleto de mensagens automáticas, as histórias ainda são capazes de tocar corações.

“É simples: queremos mais do que clientes. Queremos construir relações”, pontuou Turra, apoiado por dados sólidos.

Segundo uma pesquisa da Salesforce, enquanto 73% dos consumidores desejam que as marcas entendam suas necessidades, apenas 51% percebem esse esforço. A lacuna é clara e oferece uma oportunidade inexplorada para quem aposta na empatia.

A troca de ideias entre os representantes da SD3 e os alunos da UFPR revelou o poder transformador desse tipo de encontro.

Os estudantes participaram de forma vibrante, oferecendo perguntas que enriqueceram o debate e mostraram como a interação com profissionais do mercado pode expandir seus horizontes e prepará-los para os desafios reais.

“Essas conversas são a ponte entre a teoria e a prática, o que nos permite evoluir juntos”, comentou Turra, destacando a importância de eventos que aproximam a academia do mundo corporativo.

Ao encerrar a apresentação, Soni e Turra lançaram uma questão que pairou no ar, ressoando como uma provocação filosófica: será que, na corrida para nos conectarmos digitalmente, não estamos esquecendo de nos conectar como seres humanos?

O silêncio reflexivo da plateia foi a resposta mais eloquente, um momento de introspecção que transcendeu o evento e deixou uma marca duradoura nos presentes.

A parceria entre a SD3 e a UFPR é um exemplo brilhante de como a união entre o conhecimento acadêmico e a expertise do mercado pode criar um terreno fértil para a inovação.

Mais do que criar campanhas ou desenvolver novos produtos, essa colaboração busca algo maior: trazer de volta o aspecto humano que tanto falta em um mundo digital.

No fim das contas, talvez o segredo para navegar no oceano da revolução tecnológica não seja mais velocidade, mas sim profundidade — e um olhar atento para o que realmente importa: as conexões que nos fazem sentir vivos.

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