Contribuindo para impulsionar a economia e a renda, o comércio gerou quase 40% dos empregos de Foz do Iguaçu no primeiro semestre de 2025. Os dados, que abrangem de janeiro a junho, são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).
O saldo positivo obtido pelos estabelecimentos comerciais é de 662 contratações, resultado de 7.951 admissões e 7.289 desligamentos, o que corresponde a 39,4% do total das 1.677 vagas de todos os segmentos juntos. E representa o dobro das oportunidades criadas pelo setor no mesmo período do ano passado.
Dinâmico, o comércio dialoga com toda a economia, dos serviços à indústria, do agro à construção civil. Outro destaque é a sua cobertura: há uma porta comercial aberta perto de casa, tanto nos bairros quanto em áreas como centro e Vila Portes, e nos shoppings.
O melhor mês para o ramo foi fevereiro, quando o saldo de vagas chegou a 217. Porém, no fechamento do semestre, junho contabilizou o maior estoque de empregos com carteira assinada, com 21.062 no acumulado.
Saldo de emprego por segmento em Foz do Iguaçu de janeiro a junho:
- agropecuária: -9;
- indústria: +64;
- construção: +52;
- comércio: +662;
- serviços (com turismo): +908.
Total: +1.677
Para o presidente da Associação Comercial e Empresarial (ACIFI), Danilo Vendruscolo, a força do comércio está vinculada à confiança dos empreendedores. Apostar em Foz do Iguaçu reflete em investimentos, melhorias e novos empregos.
“Um diferencial do nosso comércio é atender moradores, turistas e as populações fronteiriças. Isso requer investir permanentemente, ter diversidade, criatividade e preço, em um território complexo e competitivo de fronteira, o que mostra a qualidade das nossas empresas”, aponta.
O dirigente empresarial agrega outro dado, extraído do diagnóstico Foz em Números, para reforçar a relação do setor com a geração de emprego e renda. Foz do Iguaçu soma 5.800 estabelecimentos do comércio, o que representa 36% das empresas do município. Os microempreendedores comerciais passam de quatro mil.
Nos primeiros seis meses do ano, a cidade registrou a ampliação e a abertura de novos empreendimentos no comércio. Apenas em um deles, do setor de supermercados, o investimento foi de R$ 50 milhões, com 200 empregos diretos criados, além de postos indiretos.
Localização estratégica e potencial de crescimento da cidade para os próximos anos foram determinantes na escolha de Foz do Iguaçu pelo Portí Atacadista, explica o gerente de loja, Edinei de Abreu. Segundo ele, emprego com carteira assinada se reflete em qualidade de vida.
“O melhor programa social existente é o emprego, que gera renda, movimenta a economia e dignifica as pessoas. O empregado consegue ter previsibilidade da rotina, garantia do salário e possibilidade de crescimento na empresa”, enumera Edinei.
O Caged é o indicador oficial do poder público para medir mensalmente o saldo entre contratações e demissões. É a ferramenta que gera estatísticas do emprego formal no país, embasando decisões governamentais e da iniciativa privada.
