O debate sobre a reforma tributária ganha contornos práticos quando se observa a realidade das micro e pequenas empresas brasileiras: mais de 6 em cada 10 ainda atuam na informalidade (67%), segundo levantamento do Sebrae.
O dado contrasta com a média nacional: segundo o IBGE, a taxa geral de informalidade no país recuou para 38% no primeiro trimestre de 2025, o menor patamar desde 2020. Essa diferença indica que simplificar regras e reduzir custos, como pretende a reforma tributária, pode ser decisivo para trazer milhões de negócios para a economia formal.
Para Luan Stocco, CTO da vhsys, esse movimento pode abrir uma nova fase para o empreendedorismo.
“A reforma tributária, quando desenhada para dar previsibilidade, facilita o processo de formalização e dá mais segurança ao empreendedor. E a tecnologia é um elemento-chave nesse caminho, porque automatiza tarefas fiscais e torna mais fácil cumprir e manter as obrigações”, afirma.
Ainda segundo o IBGE, mais de 39 milhões de trabalhadores estavam fora do mercado formal no início de 2025, sem acesso a benefícios previdenciários e crédito. Para especialistas, a criação de um ambiente tributário mais simples e menos oneroso pode reduzir esse número de forma consistente, ampliando a arrecadação e fortalecendo as economias locais.
Além de garantir direitos, a formalização permite que pequenos negócios acessem linhas de crédito, participem de licitações, fechem contratos com grandes empresas e ampliem seu alcance de mercado. A reforma, se bem estruturada, pode acelerar esse processo ao diminuir a complexidade tributária que hoje afasta empreendedores do CNPJ.
Para os pequenos negócios, soluções digitais surgem como aliadas.
“Plataformas que centralizam a emissão de notas, controle financeiro e gestão fiscal reduzem custos e burocracia. Isso dá ao empreendedor mais tempo e clareza para se dedicar ao crescimento do negócio, e não apenas ao cumprimento de exigências legais”, finaliza o CTO.