Para quem deseja empreender, o começo pode se mostrar bastante desafiador. Diante disso, o mercado de franquias se mostra uma opção ideal, uma vez que dispõe um leque de segmentos disponíveis e modelos de negócios a serem trabalhados. Porém, uma pergunta surge na mente do investidor: “como saber que estou investindo na franquia que é o melhor para mim?”.
Apesar de o franchising, nos últimos anos, estar se tornando uma das maneiras de democratizar o empreendedorismo, a dúvida é pertinente.
O valor de unidades associadas à Associação Brasileira de Franchising (ABF) fechadas em 2024 foi de 6,4%. Ou seja, o que pode ser uma boa oportunidade a ser explorada, também pode apontar um risco, principalmente se a franquia não estimular o crescimento saudável.
Antes de investir, a avaliação sobre a franquia em si é de extrema importância. É quando o investidor pode (e deve) fazer alguns questionamentos. A ideia é pensar em quanto tempo a franqueadora tem de mercado e como as unidades têm performado nos anos anteriores.
Além disso, analisar como funciona sua relação com o franqueado, desde o suporte até a liberdade criativa na operação, é fundamental.
Muitas vezes, o canal de comunicação entre franqueadora e franqueado é recheado de ruídos, o que dificulta o planejamento e a tomada de decisões, pontos cruciais para a boa qualidade de vida da franquia. Também é preciso salientar que o apoio recebido pelas unidades deve ser constante – logo, caso a matriz não ofereça essa ponte, é sinal de que não há um bom futuro nesse percurso.
O investidor também precisa compreender até onde vai o papel que deseja exercer dentro da franquia. A resposta pode variar com o segmento escolhido. Na alimentação, por exemplo, a participação forte no dia a dia é quase inevitável.
Porém, em outras com formatos de serviço, o franqueado pode adotar uma supervisão mais estratégica. Assim, a maior parte do foco é direcionada para o campo administrativo e de gestão da unidade.
A avaliação com relação à cultura e aos valores apresentados pela franqueadora não pode ser deixada de lado. Apesar de parecer um fator invisível, a escolha da “franquia certa” passa pela identificação do investidor com ela.
Caso ele opte por franquear com uma rede em que não há essa conexão, o relacionamento pode se tornar desgastante, o que é prejudicial tanto para franqueadora quanto para franqueado.
Apesar de não haver uma resposta universal, o investimento na franquia ideal passa por uma série de estudos que devem ser realizados por quem busca empreender. A escolha por um modelo que se encaixe no seu tempo, capital e atenda às próprias expectativas é primordial para o sucesso da franquia.
É necessário, ainda, trabalhar o autoconhecimento para alcançar o que deseja ao franquear, conciliando a gestão pessoal e profissional em sua rotina.