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Educação empreendedora se torna central na formação de jovens

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Foto: Freepik

O empreendedorismo deixou de ser apenas uma alternativa profissional para se tornar uma habilidade essencial no desenvolvimento das novas gerações. Segundo pesquisa da Companhia de Estágios e da Opinion Box, 80% dos adolescentes da Geração Alpha, com idade até 17 anos e nascidos a partir de 2010, demonstram interesse em empreender e afirmam que pretendem ter o próprio negócio.

Nesse cenário, apostar em modelos educacionais que incentivem a criatividade, a inovação e o pensamento crítico torna-se fundamental para se destacar na trajetória profissional.

Para Marco Antonio Casagrande, psicólogo comportamental e sócio-fundador da Escola Mira, rede especializada em educação financeira e empreendedorismo para crianças e jovens de 7 a 17 anos, capacitar as novas gerações a administrarem recursos e tomar decisões conscientes é essencial para prepará-las para os desafios do futuro.

“Quando esses conteúdos são incorporados ao processo de aprendizado, aumenta a capacidade da pessoa em identificar oportunidades, inovar e desenvolver soft skills importantes para a vida e os negócios, como tolerância à frustração e adaptabilidade. Empreender não é apenas abrir uma empresa, é aprender a tomar decisões e lidar com os obstáculos”, afirma Casagrande.

A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que conduz o projeto Future of Education and Skills 2030/2040, apresenta uma visão global das competências que serão necessárias no século XXI.

Segundo o estudo, além de conhecimentos tradicionais, os jovens precisam desenvolver atitudes, valores e habilidades, incluindo pensamento crítico e aprendizagem ao longo da vida para um mundo em constante transformação socioeconômica e tecnológica.

“O acesso precoce à tecnologia, aliado à maior exposição a conteúdos sobre negócios e inovação, tem levado crianças e adolescentes a desenvolverem um interesse crescente por áreas como criação de produtos, programação, investimentos e estratégias de marketing”, diz o especialista. 

Para Casagrande, a Geração Alpha tem um perfil criativo e imediatista, capaz de transformar ideias em projetos rapidamente e aberta a experimentar novas tecnologias e modelos de negócio.

“Essa combinação de criatividade, curiosidade e autonomia permite que eles desenvolvam habilidades essenciais, como comunicação e liderança, tomando decisões com mais segurança e se adaptem com facilidade a um mercado em constante mudança”, ressalta.

Para potencializar esse perfil, o psicólogo comportamental desenvolveu uma metodologia própria aplicada na Escola Mira, que combina jogos, projeções financeiras, projetos e dinâmicas de empreendedorismo.

Os alunos vivenciam situações do cotidiano, exercitando desde o controle de gastos até a criação de soluções para problemas reais da sociedade, como a simulação da operação de uma empresa, desenvolvimento de produtos, exercícios de investimento e planejamento financeiro pessoal. 

“Atualmente, não basta investir apenas no desenvolvimento acadêmico. Educação e crescimento pessoal devem caminhar juntos, formando indivíduos capazes de enfrentar desafios de maneira criativa e estratégica”, conclui Marco. 

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