Mais de 54% dos participantes da primeira edição do HR First Class em Curitiba, autoridades na área de recursos humanos, acreditam que o setor precisa alinhar pessoas e negócios, para garantir o desenvolvimento de talentos, competências e lideranças de acordo com as metas da organização.
Essa pesquisa foi aplicada pelo Paraná Business, com o apoio do LIDE Paraná, durante o encontro promovido, com o intuito de traçar as percepções dos líderes de RH no estado.
“Independente do porte da empresa, a gestão, retenção e contratação de pessoas é um grande desafio. Percebemos uma oportunidade para intensificar a formação e a gestão dos profissionais de RH no estado ao trazer o HR para cá”, afirma Heloisa Garrett, presidente do LIDE Paraná.
O evento exclusivo para lideranças do RH, consolidado há mais de 9 anos em São Paulo, desembarcou na capital paranaense em setembro com o propósito de intercambiar boas práticas de mercado, com mais rentabilidade para os negócios e entregabilidade no Estado.
Perspectivas sobre o papel do RH nas empresas paranaenses
Já quando questionados sobre o papel do RH na formação de líderes alinhados às estratégias de negócios, 36,6% dos presentes acreditam que o setor deve atuar como parceiro da alta administração, apoiar o desenvolvimento de lideranças e garantir que a gestão de pessoas esteja integrada às prioridades estratégicas.
“Trazemos inovações e soluções quando estamos em sintonia com a gestão, esse alinhamento é necessário para entregar os resultados esperados”, relata Thiago Pereira, diretor de Processos Globais de RH da MBRF, que abordou a relevância dos alinhamentos globais em gestão de pessoas para os resultados organizacionais.
O executivo complementou:
“É importante mostrar o que é feito e entrar nas questões estratégicas da companhia. Se o RH não consegue falar a língua do negócio, fica muito difícil”.
A participação dos profissionais de recursos humanos nas reuniões de gestão e estratégia é defendida como essencial para a busca por resultados mais assertivos.
A maioria das lideranças (43,6%) também considera as práticas de RH determinantes para o desempenho financeiro e a sustentabilidade das empresas. A área tem a capacidade de medir o desempenho das equipes e avaliar a melhor maneira de impactar no rendimento de toda a companhia.
“A forma como trabalhamos o acolhimento, engajamento e desenvolvimento das pessoas dentro da organização faz toda a diferença”, destacou Arlete Soares, diretora de Pessoas e Ética Corporativa da Wickbold & Nosso Pão Indústrias Alimentícias, que compartilhou práticas de cultura, ética e desenvolvimento humano que fazem a diferença nas organizações.
A cultura e o engajamento são importantes para as organizações por impactarem na motivação, dedicação, comprometimento e entusiasmo dos colaboradores.
Os especialistas discutiram, ainda, desde questões base do setor, como qual é o papel do recursos humanos nas organizações, até boas práticas e soluções inovadoras.
“O RH precisa assumir o seu papel. Temos muito a contribuir, e para isso precisamos saber nos posicionar e ter voz ativa na tomada de decisões. Não ter medo de ser visto e lembrado”, enfatiza a diretora.