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Colégio do PR é destaque em competição nacional de inovação

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Foto: César Augusto/Divulgação

Alunos dos colégios La Salle, de Caxias do Sul (RS), e Luterano Rui Barbosa, de Marechal Cândido Rondon, foram finalistas da maior competição de inovação educacional do Brasil, o HackaNAV. Criado para alunos de 8º e 9º ano de escolas parceiras do programa Nave à Vela, da Arco Educação, o evento premiou neste sábado (4), em São Paulo, as instituições de ensino com melhor desempenho na última etapa do concurso.

O passaporte para a final, que contou com dez instituições de ensino de todo o Brasil, foi a inscrição de um projeto no tema: “Criatividade no combate às catástrofes”. O HackaNAV motiva o desenvolvimento de iniciativas autorais que buscam solucionar desafios reais com inovação, criatividade e propósito.

No La Salle Caxias do Sul, a equipe ‘Quantum Cre4tors’ trabalhou sobre a experiência vivida pela população gaúcha afetada pelas severas enchentes que acometeram o Rio Grande do Sul em 2024 e afetaram a vida de mais de dois milhões de pessoas.

Os alunos usaram o poder da ciência para desenvolver o ‘FactHunter’, um kit de três jogos educativos focados no público infanto-juvenil. A equipe, coordenada pela professora Marina Rossi, é composta pelos estudantes Vinícius Haeuser, Rafael Borlini, Júlia Ferronato e Manuela Rodrigues

O objetivo principal dos alunos do La Salle foi o de educar cientificamente e fomentar a busca por informações verdadeiras. Um exemplo de jogo é o ‘Flood Rescue’, de tabuleiro, voltado a crianças do Ensino Fundamental 1, em que é possível reconstruir uma cidade de forma lúdica e dar a dimensão dos impactos de um desastre natural.

Os alunos ainda apostam na comercialização futura dos jogos, para ajudar financeiramente as vítimas das enchentes.

Já no Colégio Luterano Rui Barbosa, os alunos da equipe ‘Rui Barbosa Soluções’ desenvolveram um detector de vendaval. A cidade no oeste do Paraná foi afetada em 2015 por um vendaval que deixou dezenas de feridos e mais de mil desabrigados.

Para minimizar prejuízos, os alunos propuseram um sensor que detecta ventos fortes, com mais de 80 km/h, e avisa a população na cidade. A equipe, coordenada pelo professor Jhonatan Rafael Röpke, é formada pelos alunos Augusto Veit ViapianaMiguel Moro SandmannPedro Vieira PrestesTiago Henrique Follmann

O protótipo dos alunos do Paraná usa itens do dia a dia, como copos de plástico e garrafas pet, e, na parte elétrica, potenciômetro e um micro bit, além de linguagem phyton na programação.

A cada etapa, os estudantes perceberam que a física aprendida nos livros podia se materializar em algo concreto para proteger casas, escolas e famílias. O impacto foi imediato: jovens que antes viam ciência como teoria, passaram a encará-la como ferramenta de transformação social.

O HackaNAV 2025 mobilizou mais de 4 mil estudantes de todo o país, e resultou em 151 projetos e impacto. Os projetos inscritos foram divididos em cinco eixos: prevenção de catástrofes; monitoramento de riscos, socorro em situações de desastre, reconstrução após desastres e educação científica e combate à desinformação.

Um dos principais objetivos da iniciativa é extrapolar conhecimentos da sala de aula, ou seja, motivar aplicação de conteúdos de física, biologia e tecnologia em soluções de problemas do dia a dia, que considerem catástrofes ou vulnerabilidades das próprias cidades.

“Com o HackaNAV, queremos estimular o pensamento crítico e o letramento na área de tecnologia, para a construção de um futuro que é dinâmico e mutável. Os projetos exploram diversas possibilidades de mundo, motivando também o desenvolvimento de habilidades sócio-emocionais, de colaboração e coletividade”, reforça Nathália Coutinho, head de Marketing da Arco Educação.

Diversas iniciativas aconteceram em parceria com órgãos locais, como Defesa Civil, Bombeiros, ONGs e Prefeituras, com a missão de dar o protagonismo aos jovens como principais agentes de mudança, na resolução de problemas que impactam diretamente suas comunidades. A ideia do movimento é fortalecer o conceito de educação científica em rede: com escolas, famílias e sociedade conectados em torno da inovação.

Na grande final, que aconteceu neste sábado (4), em São Paulo, três escolas levaram a melhor no desafio, desenvolvido ao longo do dia, em que tiveram que criar um projeto para o combate a ondas de calor. O colégio que conquistou o primeiro lugar na competição nacional foi o Veratz, de Catalão no sudeste de Goiás.

O prêmio para a equipe vencedora é uma viagem ao Space Center da NASA, em Houston, nos Estados Unidos, onde viverão uma imersão em ciência, tecnologia e inovação. O segundo lugar ficou com o Colégio Nossa Senhora da Luz, de Salvador (BA). Já o terceiro posto ficou com o Colégio e Curso Desafio, de Recife (PE).

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