O otimismo cauteloso começa a ganhar espaço entre os executivos de finanças do Paraná, segundo aponta a edição de 2025 da Pesquisa de Sondagem do Índice de Confiança dos Executivos de Finanças do Paraná, realizada pelo Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças do Paraná (IBEF-PR), em parceria com o Datacenso.
Os dados mostram que 68% das empresas entrevistadas pretendem investir em expansão, percentual 9% maior que o registrado na pesquisa realizada no ano passado. Já as organizações que pretendem realizar investimentos em pessoas e treinamentos representam 86%, percentual 13% superior ao do ano anterior.
Segundo a pesquisa, o movimento reflete uma mudança gradual de postura dos CFOs, que passam a atuar de forma mais proativa na gestão do capital e na construção de valor dentro das organizações.
“O CFO deixou de ser apenas o guardião das finanças e passou a ser um agente de transformação, com papel fundamental na definição das estratégias de crescimento e na sustentabilidade do negócio. O aumento das intenções de investimento e captação mostra que as empresas estão se reposicionando para aproveitar as oportunidades de retomada”, afirma Carlos Peres, presidente do IBEF Paraná.
A pesquisa, que ouviu executivos entre CFOs, diretores financeiros e CEOs de todo o estado, revela ainda que as empresas vêm fortalecendo sua governança e ampliando a integração entre áreas financeiras, de inovação e de recursos humanos — uma tendência que destaca o papel das lideranças financeiras também como vetores de competitividade.
“Mesmo em um contexto de juros ainda elevados e volatilidade global, vemos um avanço na confiança e na disposição para investir. Esse é um sinal importante de que o ambiente corporativo começa a olhar para 2026 com planos mais robustos de crescimento”, completa Peres.
Segundo o Datacenso, acompanhar a transformação do mercado e a evolução do papel do CFO é essencial para compreender os próximos movimentos do mercado, as tendências corporativas e os impactos que essas práticas geram em diferentes setores, afirmou Cláudio Shimoyama, CEO do Datacenso e responsável técnico pela pesquisa.