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Londrina e Maringá captam R$ 7,6 mi para startups

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Foto: Thomé Lopes

Nos últimos dois anos, as cidades de Londrina e Maringá captaram, juntas, R$ 7,6 milhões em recursos para apoiar o desenvolvimento de startups. O montante é proveniente de três editais estaduais e federais de incentivo financeiro a projetos de inovação. As regiões norte e noroeste do Paraná somam 314 startups, segundo mapeamento do Sebrae/PR. Por meio de uma aliança estratégica, as cidades têm trabalhado em conjunto para fortalecer seus ecossistemas de inovação. Entre as ações está o Investing Day, promovido nesta segunda-feira (20), para aproximar startups de grupos de investidores dos dois municípios.

O Encontro de Investidores da Aliança Estratégica dos Ecossistemas de Inovação de Londrina e Maringá foi realizado no Sicredi Dexis, em Londrina. O evento trouxe como temáticas os investimentos de risco, cenários e tendências, além dos principais desafios e boas práticas de investimentos. Ao final do encontro, foi realizada uma rodada para conectar e promover networking entre os grupos de investidores e as startups das regiões norte e noroeste do Paraná. O Investing Day abre a programação do ECO.TIC’NOVA 2024, evento de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC), que será realizado nos dias 27 e 28 de agosto, no Villa Planalto, em Londrina.

A consultora do Sebrae/PR, Danubia Milani, diz que o encontro teve o objetivo de conectar startups que buscam por investimento ou têm a intenção de abrir o capital dos seus negócios, com potenciais investidores. No painel com investidores das duas cidades, os empreendedores puderam conhecer as oportunidades ofertadas pelos fundos.

“É um evento voltado para startups e investidores, para fomentar a geração de negócios entre as cidades de Londrina e Maringá”, afirma.

A empresária, investidora-anjo e sócia da Smart Value Investment, Karen Christine Nalin Sinnema, diz que o diferencial do fundo, o mais antigo de Londrina, está na utilização do Smart Money. Ela explica que o investimento em startups não se dá apenas com dinheiro, mas também com mentorias e suporte de profissionais experientes no mercado para o desenvolvimento dos negócios.

“Hoje, nós estamos fazendo um trabalho em conjunto com a Ventiur [Smart Capital] para criar um veículo de investimento para proporcionar que mais paranaenses aprendam sobre investimento-anjo e coloquem a mão na massa. São investimentos muito interessantes, de alto risco, mas com muita probabilidade de ganhos”, afirma.

Cinco fundos de investimentos e 12 startups participaram do evento. A gerente geral do Espaço Sicredi Dexis, Dayane Sasso, diz que, além de sediar o encontro em um espaço criado para gerar conexões de negócios, a cooperativa apresentou linhas de crédito próprias e também subsidiadas, que podem ser aproveitadas pelas startups.

“Sabemos que o maior problema da empresa que está começando é o fluxo de caixa. Ela não tem, ainda, faturamento para pagar suas despesas. As linhas subsidiadas têm carência para pagamento inicial de seis meses até um ano. Então, dá um fôlego para que a empresa fature, faça seus investimentos, pague seu custo fixo, e comece a gerar mais negócios para pagar os seus empréstimos”, explica.

A cofundadora e executiva da Decola Startup School, Ana Paula Murakawa, participou do encontro para fazer conexões com investidores, apresentar o negócio e prospectar oportunidades de captação de recursos para alavancar a solução. A empresa oferece uma plataforma de ensino de inovação, tecnologia e empreendedorismo para crianças de 6 a 17 anos. A ideia é levar a metodologia das incubadoras e aceleradoras para dentro das escolas públicas e privadas.

“Nosso objetivo é formar pessoas mais conectadas com as demandas atuais e futuras do mercado. Fomos contemplados pelo edital Paraná Anjo Inovador e já estamos fechando contratos para implementar a solução, a partir do ano que vem, nas escolas municipais e estaduais do Paraná”, conta.

O empresário e sócio-fundador da Whizztech, Roberto Moreira, avalia que esse tipo de conexão é muito saudável, porque oferece acesso não só ao capital, em dinheiro, mas ao Smart Money, ou seja, aos mentores e canais para apoiar as startups no desenvolvimento de suas soluções. Fundada em Londrina, no início de 2024, a Whizztech usa inteligência artificial para humanizar o atendimento ao cliente nos canais digitais.

“Vim para conhecer oportunidades de investimentos, me relacionar com novos fundos e também com outros fundadores, para trocarmos informações que possam agregar nos negócios”, informa.

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