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Biopark ganha colégio inspirado em modelo da Finlândia

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Foto: Divulgação

No Brasil, as taxas de conclusão de ensino médio estão entre as mais baixas do G20, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Um estudo de 2021, que analisou 13 países do bloco, revelou que o Brasil está na quinta pior posição, com apenas 73,3% dos estudantes finalizando essa etapa escolar. Abaixo do Brasil estão Indonésia, Argentina, África do Sul e México. Um levantamento mais recente do IBGE, realizado em 2023, apontou as causas da evasão escolar entre jovens de 15 a 29 anos. Os resultados indicaram que 45% dos jovens abandonaram a escola para trabalhar, 23% por falta de interesse e 15% para dar conta dos afazeres domésticos.

Na busca por aumentar o interesse do aluno na sala de aula, algumas escolas estão adotando o modelo PBL (Problem Based Learning), que é uma metodologia ativa de ensino baseada em problemas que vem mudando a forma de estudar. É com esse modelo e foco na personalização do ensino que o Biopark Educação, parte do parque tecnológico instalado em Toledo (PR), está construindo o Colégio Donaduzzi. A partir de janeiro de 2025, 300 alunos da oitava série do Ensino Fundamental ao terceiro ano do Ensino Médio serão atendidos.

“Teremos laboratórios de todas os componentes curriculares, salas espaçosas de 100 m², com espaço para descanso e menos estudantes. A ideia é que o aluno seja o protagonista do processo de aprendizagem e o professor, o mentor. O estudante é avaliado de forma individual e o estudo é voltado a algo concreto, o que aumenta a compreensão dos temas”, explica a gestora do Colégio Donaduzzi, Sarah Bubna

Com modelo de ensino disruptivo, os alunos terão aulas em meio período, com contraturno opcional. O currículo inclui um programa bilíngue de ensino com aulas diárias de inglês e projetos com o material de ensino da National Geographic. Também haverá a opção de High School, permitindo aos interessados obter uma certificação internacional de proficiência em inglês. O material didático adotado é fornecido pela UNO, que contempla soluções integradas e tecnologias que promovem o desenvolvimento de competências e habilidades.

“Normalmente, esse modelo de ensino, baseado no utilizado pela Finlândia ou da Escola da Ponte, em Portugal, só é encontrado em grandes centros urbanos, com mensalidades que passam de R$ 7 mil. Na nossa região, não encontramos nenhuma escola nesse molde, em que o ensino é interdisciplinar e os componentes curriculares se misturam”, ressalta Sarah. Para bolsas, serão abertos editais mensais, sendo o primeiro já em setembro. 

Com laboratórios próprios, a escola será tecnológica, assim como o ecossistema que  está inserida. Com 5 milhões de metros quadrados, o Biopark conta com 200 empresas instaladas e três instituições federais de ensino superior: a Universidade Federal do Paraná (UFPR), a Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) e o Instituto Federal do Paraná (IFPR), além da faculdade do Biopark Educação. 

A mistura das matérias será outro diferencial. Em alguns momentos, Geografia se mistura com Matemática para explicar, por exemplo, a esfera com fusos horários.

“A ideia é que o aluno aprenda e compreenda o que está sendo explicado e não decore fórmulas. É o aprender para a vida, focado na carreira profissional, já preparando para o vestibular, mas também para o mercado de trabalho”, frisa Sarah.

Para o ingresso no colégio, o aluno passará por três avaliações: entrevista individual, avaliação diagnóstica e entrevista com a família. Já os professores contratados passarão por processo de capacitação entre os meses de outubro e janeiro. A adaptação dos alunos e pais ao novo modelo de ensino deve ocorrer durante todo o primeiro semestre de 2025.

O projeto é ampliar ano a ano as turmas atendidas pelo Colégio Donaduzzi.

“Em 2027, teremos oferta de vagas para todos os anos, finalizando com a Educação Infantil. Dessa forma, consolidamos nosso objetivo de gerar aprendizado em alto nível em qualquer fase da vida do ser humano. Acreditamos que assim seremos mais atrativos para quem quer morar, trabalhar, estudar e se divertir, tudo isso com um padrão alto de qualidade”, defende o vice-presidente do Biopark Educação, Paulo Rocha.

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