A Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Governo do Paraná (SETI) e a Fundação Araucária se reuniram na última semana, junto ao Biopark Educação, para o ato de assinatura do Processo de Inexigibilidade de Chamada Pública (PI 28/2024) do Novo Arranjo de Pesquisa e Inovação (NAPI) em Alimentos Saudáveis e Saborosos.
Esse ato formaliza a aprovação do “Plano de Trabalho” e destina R$ 25 milhões, oriundos da SETI e Fundação Araucária, para o início da pesquisa, desenvolvimento e inovação.
O arranjo representa o maior valor já investido desde a criação dos NAPIs e a expectativa é de alcançar R$ 50 milhões de investimento em pesquisa nos próximos 5 anos. A iniciativa pretende elevar o Paraná ainda mais no protagonismo mundial de produção de alimentos saudáveis.
O NAPI Alimentos Saudáveis e Saborosos tem como propósito manter uma rede interinstitucional dedicada à pesquisa e inovação aberta na temática de alimentos saudáveis que integre empresas do setor produtivo, grupos de pesquisa acadêmica, órgãos públicos e sociedade civil organizada para desenvolvimento de pesquisa de alto impacto, com transferência de tecnologia ao setor produtivo.
O Brasil ocupa o 13º lugar em produção científica no mundo e 54º lugar no Índice Global de Inovação (IGI).
Para o Secretário de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Paraná, Aldo Bona, o caminho para diminuirmos esta disparidade é fazer com que a ciência vire produto e traga desenvolvimento para a população.
Em vista disso, o secretário coloca essa necessidade como sendo o foco principal do NAPI Alimentos Saudáveis e Saborosos.
“Este arranjo é fundamental para que a gente consiga avançar e fazer com que a nossa ciência seja uma ciência desenvolvida para gerar soluções a problemas reais enfrentados, a exemplo deste NAPI, no setor produtivo.”, afirma.
Do mesmo modo, o fundador do Biopark, Dr. Luiz Donaduzzi, destaca:
“O NAPI Alimentos Saudáveis e Saborosos tem o potencial de gerar impacto profundo na agricultura da Região Oeste e, consequentemente, em todo o país”.
Ainda, Donaduzzi afirma que este é apenas o início dos investimentos que serão destinados para a pesquisas em tecnologia de alimentos.
“Começamos com um investimento modesto, considerando o caminho da inovação, mas a expectativa é que em 12 anos estejamos aplicando R$ 100 milhões por ano em pesquisa e inovação”, complementa.
Já do ponto de vista das cooperativas, o presidente da Coopavel, Dilvo Grolli, comenta que, apesar do grande avanço do setor produtivo, há a necessidade um controle rígido na segurança alimentar e destaca a importância da pesquisa aberta.
“O NAPI quebra o individualismo, por fazer com que as empresas se unam em um grupo, que será responsável por criar e buscar inovações para a segurança alimentar. Neste coletivo, quem ganha é a região Oeste do Paraná e todo o estado.”, afirma Grolli.
O professor da Universidade Federal de Viçosa e colaborador em projetos junto ao Biopark Educação, Tiago Mendes, esteve presente na reunião e destaca que essa inciativa é histórica não só para o Paraná, mas para todo o Brasil.
“O arranjo formado é um meio de acelerar a transferência das pesquisas realizadas em institutos e universidades, garantindo que elas cheguem mais rapidamente e contribuam de forma efetiva para melhorar a qualidade de vida da população”, explica o pesquisador.
O NAPI Alimentos Saudáveis e Saborosos conta com parcerias do setor produtivo, tais como BRF, Coopavel, Copacol, Copagril, C.Vale, Frimesa, Lar, Prati Donaduzzi, Primato Cooperativa, Sempre Agtech e Biopark Educação, sendo o último o atual coordenador do arranjo.
Além disso, tem o apoio de instituições como o Biopark, a Fundação Araucária, a Embrapa, o Instituto de Biologia Molecular do Paraná (IBMP), o Instituto de Tecnologia de Alimentos (ITAL) e a Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Governo do Paraná.