A Intenção de Consumo das Famílias (ICF) paranaenses registrou queda de 3,7%, caindo para 94,7 pontos em fevereiro, segundo pesquisa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio PR).
A redução no indicador foi influenciada, principalmente, pela menor intenção de compra de bens duráveis, com recuo mensal de 9,3%, e pela dificuldade de obtenção de crédito, que teve queda de 8,7%.
A perspectiva de consumo também encolheu 6,1% em relação a janeiro, indicando um comportamento mais conservador dos consumidores diante da conjuntura econômica nacional.
Na comparação com fevereiro de 2024, a ICF teve queda ainda mais expressiva, com retração de 13,1%. O Paraná segue abaixo da média nacional, que ficou em 104,5 pontos, com variação mensal negativa em 0,2%.
Outros fatores que impactam a confiança dos consumidores paranaenses são a renda atual (-2,9%) e o emprego atual (-2,5%). Consequentemente, o nível de consumo atual também sofreu queda de 2,3% em relação a janeiro.
A única expansão foi na perspectiva profissional, que apresentou elevação de 1%, alcançando 99,3 pontos, próximo da zona de satisfação.
A pesquisa mostra que a cautela no consumo atinge tanto as famílias de menor quanto as de maior renda. Entre os lares com renda de até dez salários mínimos, o índice recuou 3,4%, chegando a 93,9 pontos.
Já entre as famílias com renda superior a esse patamar, a redução foi ainda maior, de 5,1%, com o índice marcando 98 pontos.
O cenário reflete o comportamento mais conservador dos consumidores diante da conjuntura econômica, que inclui fatores como restrições ao crédito, perda de poder de compra e incertezas no mercado de trabalho.
