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Empresa prevê dobrar de tamanho com compartilhamento de caixas reutilizáveis

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Foto: Divulgação

Com a crescente demanda de produtores e varejistas por uma logística eficiente e sustentável para otimizar suas operações, a HB Pooling, fornecedora de soluções para o compartilhamento de embalagens reutilizáveis para a cadeia de alimentos frescos, prevê dobrar de tamanho.

A empresa, que possui 2,3 milhões de caixas reutilizáveis em circulação vai disponibilizar, ainda neste ano, 1,2 milhões de embalagens adicionais. Com isso, a HB pretende manter o ritmo de expansão em todo o país. Nos últimos cinco anos, o crescimento médio anual das vendas da empresa tem sido acima dos 50%.

O potencial de mercado para soluções de embalagens retornáveis é significativo no Brasil. Segundo Ana Miranda, CEO da HB Pooling, no Brasil, são movimentados, aproximadamente, 7,3 bilhões de quilos de frutas, legumes e verduras (FLV) por ano.

Desses, a empresa estima que apenas 12% são acondicionados em embalagens retornáveis.

A HB ajuda a cadeia de abastecimento de alimentos frescos a reduzir a emissão de carbono, os danos e as perdas dos alimentos no transporte e o consequente descarte de resíduos no solo.

A empresa desenvolveu um sistema em que as caixas de plástico reutilizáveis, fornecidas pela própria HB, são utilizadas e compartilhadas entre produtores, distribuidores e varejistas, empoderando-os a participar da economia circular.

Na prática, os varejistas ou produtores solicitam a quantidade de caixas desejadas para o transporte de alimentos perecíveis por meio de um sistema gerenciado pela própria HB.

As caixas são entregues e, após serem utilizadas retornam à HB, onde são higienizadas e redistribuídas para novos usuários, criando, assim, um ciclo contínuo de compartilhamento.

Com a prática sustentável, também conhecida como “pooling”, a HB tem atraído a atenção do mercado. Atualmente, a carteira de clientes da HB conta com alguns dos maiores produtores e varejistas do país como AlfaCitrus, Trebeschi, Kuará e Brasnica (produtores); e GPA, Carrefour, Dia e Natural da Terra (varejistas).

“A distribuição de alimentos frescos enfrenta desafios críticos relacionados a perdas e desperdícios que impactam desde a rentabilidade dos produtores e varejistas até a qualidade final dos produtos na gôndola e o meio ambiente como um todo. Acreditamos que nosso compromisso em impulsionar a sustentabilidade na cadeia de suprimentos não beneficia apenas nossos clientes, mas também contribui para um planeta mais saudável”, comenta Ana.

Sediada em Curitiba, a HB está presente em nove Estados e opera em 30 centros de distribuição de varejistas e 14 centros de abastecimento de produtores.

Fabricadas no Brasil, todas as embalagens da HB são produzidas em plástico 100% virgem e reciclável, o que garante a segurança dos alimentos e prolongam o sua vida útil. Segundo a empresa, as embalagens são quatro vezes mais resistentes que as caixas de papelão – ainda muito utilizadas no transporte de FLV.

O Brasil está entre os dez países que mais jogam alimentos no lixo, com cerca de 35% da produção sendo desperdiçada todos os anos, segundo dados da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO). 

Um fato que chama a atenção é que enquanto no mundo todo 14% dos alimentos produzidos são perdidos entre a colheita e o momento em que chegam às lojas, por aqui esse número chega a 50%, segundo a ONG Banco de Alimentos. 

A perda de alimentos ocorre quando há uma redução da quantidade ou qualidade dos alimentos antes de chegar a ser comercializado nos mercados e outros estabelecimentos. 

Dentre as suas principais causas estão o acondicionamento inadequado dos produtos nos recipientes (caixas, papelão ou madeira) e o excesso de manuseio, tanto no momento de acomodá-los no caminhão quanto no processo de descarga.

“O uso de embalagens apropriadas que minimizam o manuseio da carga e possíveis danos físicos é um fator relevante para a preservação da qualidade do produto e a mitigação de perdas e desperdício de alimentos”, avalia Ana.

De acordo com a HB, por serem retornáveis, as embalagens plásticas eliminam a necessidade do gerenciamento de descarte de milhares de embalagens de uso único, resultando em uma redução imediata nos custos operacionais e de mão de obra dos varejistas.

Além disso, permitem uma melhor ocupação nos paletes e caminhões, resultando em menos viagens e, consequentemente, economia de custos e menor emissão de gás carbônico.

A prática sustentável da HB já impediu que 25 milhões de toneladas de resíduos da produção de celulose e papelão (caixas de uso único) fossem parar em aterros sanitários ou descartados de forma prejudicial à natureza.

O serviço oferecido pela HB é baseado no conceito de “pooling”, ainda pouco conhecido no Brasil, mas já bastante utilizado na Europa.

Trata-se do compartilhamento de embalagens para o transporte, que permite que várias empresas de toda a cadeia de abastecimento utilizem um mesmo ativo ao invés de cada uma comprar e manter as suas próprias caixas para o transporte de alimentos. 

O pooling é considerado uma forma de diminuir o impacto ambiental porque incentiva a reutilização e reciclagem de embalagens, contribuindo com a redução do consumo de recursos naturais e a diminuição da geração de resíduos.

“Ao utilizar o sistema de pooling, todos ganham: os varejistas diminuem seus custos e aumentam sua eficiência; o consumidor final tem acesso a alimentos frescos com máxima qualidade; e o meio ambiente sofre menos impactos”, resume Ana.

Por serem leves e firmes, as caixas dobráveis retornáveis facilitam o manuseio, carga e descarga dos produtos, garantindo que os itens cheguem frescos e intactos até o seu destino. Outra vantafem: as caixas plásticas também não absorvem umidade como as de madeira ou papelão.

Segundo a HB, estes são os cinco principais benefícios proporcionados pela substituição de embalagens descartáveis por caixas reutilizáveis:

• Economia Circular: as caixas reutilizáveis são projetadas para uso contínuo na cadeia de abastecimento, minimizando a necessidade de materiais descartáveis. Ao final de sua vida útil, são recicladas para criar novos ativos, fechando o ciclo e evitando o desperdício. 

• Redução de Resíduos: diminuição de resíduos sólidos, o que reduz o impacto ambiental e a pegada de carbono da cadeia de suprimentos.

• Menos viagens, consumo de combustível e 50% a mais de entregas: o design das caixas permite que um número maior delas sejam empilhadas em uma mesma carga, aproveitando melhor o espaço interno nos veículos.

Isso resulta em um ganho de até 50% nas entregas, devido à diminuição dos deslocamentos e o menor consumo de combustível.

• Redução de Desperdício de Alimentos: segundo um estudo feito pela HB, quando comparadas com outras embalagens, como papelão, as caixas plásticas garantem até 96% menos danos nos produtos durante o transporte até os varejistas. Isso porque seu design protege os produtos contra impactos externos e atritos internos.

Além disso, foi constatado que reduzem em 35% o desperdício no transporte devido à ventilação adequada para o conteúdo, permitindo um melhor respiro das FLV. 

• Menos manuseio e possíveis danos no PDV: os produtos já chegam ao PDV prontos para exposição, sem perda de tempo para desembalar, descarregar e separar os produtos. Também não exigem a necessidade de tombamentos de uma caixa para outra. Isso tudo diminui as chances de danos no manuseio dos alimentos.

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