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Hospitais Itamed e Pequeno Príncipe retomam projeto “Stewardship”

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Foto: DIvulgação

O Hospital Itamed, em Foz do Iguaçu, e o Hospital Pequeno Príncipe, em Curitiba, retomaram uma parceria importante na realização de um projeto já realizado pelas instituições em 2020.

Trata-se do “Stewardship”, que tem o objetivo de otimizar e promover o uso racional dos antimicrobianos, de modo a diminuir a resistência microbiana, e que teve bons resultados na primeira realização.

Antimicrobianos são medicações que inibem o crescimento de microrganismos, como bactérias, fungos e vírus. Podem ser antibióticos, antifúngicos ou antivirais, por exemplo, que ajudam no tratamento e prevenção de infecções.

O que acontece é que, se usados de forma prolongada ou inadequada, o organismo pode adquirir resistência, tornando a doença mais difícil de tratar, aumentando riscos de mortalidade, tempo de internação e custos hospitalares.

Desta forma, o “Stewarship” tem o propósito de possibilitar um gerenciamento do uso dos antimicrobianos, de forma a melhorar a assistência, com foco no melhor resultado ao paciente.

Segundo a médica infectologista Dra. Flavia Trench, coordenadora do Serviço de Controle de Infecção (SCI) do Hospital Itamed e uma das responsáveis pelo projeto na instituição, cerca de 60% dos pacientes internados em um hospital irão usar antibiótico em algum momento de sua estadia.

“E essa classe de medicamentos tem implicações não só para o próprio paciente, mas para toda a ecologia hospitalar de agentes infecciosos. Portanto, é particularmente importante trabalharmos com intervenções que garantam a qualidade na assistência e a segurança do paciente em relação a este grupo de fármacos”, pontuou.

O tema desperta constante preocupação e estudos de profissionais de saúde, devido aos riscos para a saúde dos pacientes.

“No Hospital Itamed, toda a equipe de farmácia clínica estará envolvida no projeto, monitorando continuamente as prescrições médicas. Além disso, teremos outros profissionais que, em algum momento, interferem no uso racional dos antimicrobianos, como enfermeiros e microbiologistas”, explicou a farmacêutica Aline Loução, coordenadora da Farmácia Clínica.

O “Stewardship” passa por um processo de interação, comunicação e confiança entre as equipes envolvidas. No primeiro ano do projeto, 444 intervenções foram realizadas, com aceitabilidade médica de 92%.

“Queremos, agora, retomar os bons resultados, com ainda mais compromisso e dedicação integral da equipe de Farmácia Clínica”, explicou Aline.

De acordo com ela, o impacto positivo é também para o hospital.

“Consequentemente, temos uma redução de custos devido ao uso de antimicrobianos apenas no momento adequado, otimizando o processo de recuperação do paciente e, consequentemente, no giro de leitos, já que se diminuirá o tempo de internação”, falou.

As equipes dos dois hospitais participam de reuniões semanais. No início, um diagnóstico foi feito para levantamento de dados, impacto financeiro e se o uso está correto.

A partir daí foram definidos 18 planos de ações que serão realizados ao longo de 2025. Como resultado, espera-se, entre outras coisas, identificar especialidades com mais uso, bem como a quantificação destes números.

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