A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou alta de 1,31% no Brasil em fevereiro.
Em Curitiba e Região Metropolitana (RMC), o avanço foi um pouco maior, atingindo 1,55%, de acordo com análise da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio PR). No acumulado do bimestre, a inflação ficou em 1,47% tanto no país como na capital paranaense.
O economista e assessor econômico da Fecomércio PR, Lucas Dezordi, explica que a recente dinâmica do mercado de trabalho tem impulsionado a inflação, sobretudo no setor de serviços.
“Observaremos, portanto, uma inflação oficial acima do limite de 4,50% em 2025. Com uma inflação mais elevada e persistente, a política monetária ficará mais restritiva”, projeta.
Os itens que mais pressionaram a inflação na RMC em fevereiro foram o ovo de galinha (+23,90%), a energia elétrica residencial (+16,70%), o brócolis (+13,90%) e o café moído (+13,30%).
O óleo diesel (+8,30%) e a gasolina (+7,90%) também registraram aumentos expressivos, além da mensalidade do ensino fundamental (+7,70%). De acordo com Dezordi, a inflação foi bem disseminada com aumentos em alimentos, habitação e transporte.
Já as maiores quedas de preços foram observadas nas passagens aéreas (-22,20%), transporte público (-9,30%) e ingressos para cinema, teatro e concertos (-9,10%). O feijão preto (-4,90%), a tilápia (-6,30%) e o óleo de soja (-4,20%) também tiveram redução.
“A partir de 5 de janeiro, a tarifa modal aos domingos passou a custar metade do valor na capital paranaense”, lembra o assessor econômico.
