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Paranaense cria imersão para discutir desafios do empreendedorismo feminino

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Foto: Divulgação

O empreendedorismo feminino avança no Brasil, mas enfrenta barreiras que vão além da abertura de novos negócios. De acordo com estudo realizado pelo Sebrae com base na PNAD Contínua do IBGE, o país tem hoje 10,4 milhões de mulheres donas de negócios, número recorde e 42% superior ao registrado em 2012. Ainda assim, elas representam apenas 34,1% dos empreendedores, embora constituam 51,7% da população em idade ativa.

Além disso, embora 72,4% das empresárias têm ensino médio completo e cerca de 35% já concluíram ou estão cursando o ensino superior, seus ganhos permanecem inferiores. Em 2024, o rendimento médio real das mulheres donas de negócios foi de R$ 2.867, valor 24,4% menor do que o dos homens que empreendem.

Na avaliação da contadora e especialista em finanças jurídicas Beatriz Machnick, fundadora da BM Finance Group, o maior desafio das mulheres empreendedoras reside em encontrar espaço para se desenvolverem como gestoras. “Muitas vezes falta tempo para olhar o negócio de forma estratégica e estruturar uma gestão profissional. É nesse ponto que o gerenciamento do tempo, das emoções e dos recursos se tornam decisivo”, explica. De acordo com a consultora, quando a empreendedora aprende a organizar suas prioridades e a lidar com seus múltiplos papéis de forma mais leve, abre espaço para que o negócio se torne mais lucrativo e sustentável.

IMERSÃO PARA MULHERES

É nesse contexto que será realizado o MAC Mulheres Empreendedoras, em 13 de novembro no Palácio Tangará em São Paulo. O evento, sem fins lucrativos, reunirá participantes em uma imersão de um dia inteiro para discutir como unir ordem e leveza na gestão dos negócios e da vida pessoal. O treinamento baseado na metodologia criada por Beatriz, chamada de MAC (Método de Aceleração do Crescimento), já teve edições em Curitiba, Rio de Janeiro, Nova York e Lisboa. A estratégia propõe que as empreendedoras alinhem três dimensões: tempo, emoções e recursos.

Não é possível ter sucesso sustentável se a gestão do tempo e das emoções não caminharem juntas com a administração financeira do negócio, avalia Beatriz. Segundo a idealizadora do evento, mulheres são cobradas a desempenhar diversos papéis como mãe, amiga, esposa, profissional e líder. Porém, muitas vezes, sofrem por se verem obrigadas a renunciar ou negligenciam algum deles. “Minha proposta é mostrar que é possível empreender sem sacrificar a vida pessoal, desde que haja ordem para priorizar e leveza para lidar com as pressões diárias”, afirma.

Para a especialista, ter ordem nos negócios é o ponto de partida porque permite estruturar rotinas e processos de forma eficiente. A leveza, por sua vez, é o que torna possível sustentar esse equilíbrio a longo prazo. “Quando organizamos nossas prioridades, conseguimos dizer não ao excesso e abrir espaço para decisões estratégicas. E quando cultivamos a leveza, passamos a enxergar o negócio não como um fardo, mas como um projeto que pode crescer de forma saudável”, explica.

O evento oferece cinco sessões temáticas que abordam desde a liderança servidora até práticas de gestão e performance, além de atividades em grupo e momentos de networking. O valor da inscrição é revertido integralmente para custear a experiência das participantes e, caso haja lucro, será destinado a instituições que apoiam mulheres em situação de vulnerabilidade.

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