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Presente do Dia das Mães vai estar mais caro este ano

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Foto: Yuganov Konstantin

Considerada a segunda data mais importante para o varejo, atrás apenas do Natal, o Dia das Mães promete movimentar o comércio paranaense.

Segundo sondagem realizada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio PR) em parceria com o Sebrae/PR, 66,6% dos consumidores do estado pretendem presentear suas mães neste mês de maio.

Outros 10,7% ainda estão indecisos, enquanto 22,7% afirmam que não vão comprar presentes, principalmente por motivos de ausência ou falecimento da mãe (44,7%).

As dificuldades financeiras ou o desemprego devem impedir 12,4% dos entrevistados de presentear, além de 14,1% que moram longe da mãe. Somente 6,2% afirmam que não comemoram a data.

Por outro lado, a expectativa das homenageadas é grande: 92,1% das mães paranaenses ouvidas pela sondagem esperam ganhar um mimo ou lembrança especial – fica a dica.

Os filhos homens estão ligeiramente mais propensos a comprar presentes, com 34,9% de intenções de compra, ante 31,7% entre as mulheres.

A coordenadora de Comércio e Serviços do Sebrae/PR, Suelen Pedroso, destaca que é preciso aproveitar períodos sazonais, como a mudança de clima, e pensar em parcerias que agreguem valor à experiência do cliente.

“Quem empreende precisa estar atento ao comportamento dos seus clientes, especialmente nas redes sociais, promovendo interações antecipadas, apresentando benefícios e aproveitando todas as oportunidades para fechar negócios. Caprichar nas embalagens e na personalização também são estratégias que agradam e influenciam na decisão de compra do consumidor”, indica.

Os consumidores da região Sul do estado estão mais propensos a comprar presentes neste Dia das Mães, com 77,5% de intenções positivas.

Em seguida vêm o Leste (73,1%), que inclui os municípios da Região Metropolitana de Curitiba e o Litoral, a região Central (71,7%) e o Noroeste (68,2%). Em Curitiba, 66,1% dos consumidores afirmaram que vão presentear. No Oeste e no Norte os índices são de 58,9% e 57,6%, respectivamente.

Roupas, bolsas e calçados são as principais escolhas dos filhos para agradar as mães, com 42% das intenções. Perfumes e cosméticos aparecem em segundo lugar, com 19,5%. Já flores e joias ou bijuterias somam 6,9% cada, e 5,4% dos filhos planejam dar dinheiro para que a mãe escolha o que deseja comprar.

O tíquete médio do presente no Paraná é estimado em R$ 154,40. Os homens devem gastar mais, com média de R$ 167,42, ante R$ 140,98 entre as mulheres.

A forma de pagamento preferida será à vista, com 42,6% dos entrevistados sinalizando que vão optar por Pix, cartão de débito e dinheiro, além dos 31,1% que vão pagar o presente no cartão de crédito para o vencimento. As compras no cartão de crédito parcelado devem corresponder a 25%.

A aceleração da inflação nos últimos meses deve impactar diretamente os preços dos presentes do Dia das Mães deste ano.

De acordo com o assessor econômico da Fecomércio PR, Lucas Dezordi, os itens que compõem a cesta de consumo típica da data registram uma alta estimada de 7,19% em Curitiba e Região Metropolitana, índice acima da média nacional, que é de 5,63%. Em 2024, o mesmo conjunto de itens apresentou variação de 2,33% no Paraná.

“A inflação neste ano está significativamente mais alta. Isso indica que os consumidores vão encontrar preços mais elevados em grande parte dos produtos tradicionalmente procurados para a data. Com esse cenário, é natural que muitos paranaenses optem pelo parcelamento no cartão de crédito”, observa Dezordi.

Produtos como chocolates (+23,19%), joias e bijuterias (+16,37%), sapatos (+12,03%), perfumes (+11,80%) e artigos de maquiagem (+10,27%) lideram o aumento de preços.

Contudo, levar a mãe para almoçar fora é o que mais vai pesar no bolso. O subitem Alimentação Fora do Domicílio representa cerca de 40% do peso da inflação da cesta do Dia das Mães e acumulou variação de 8,75% nos últimos 12 meses em Curitiba.

“Esse aumento está relacionado à inflação dos serviços, que tem sido puxada por um mercado de trabalho mais aquecido e por reajustes nos custos do setor”, explica o economista.

“Além disso, o forte encarecimento do chocolate é reflexo das condições climáticas adversas nas principais regiões produtoras de cacau, especialmente na África”, analisa.

No entanto, alguns itens apresentam variação mais favorável para o consumidor.

Produtos como artigos de cama, mesa e banho (-3,67%), ingressos para cinema, teatro e concertos (-2,56%), refrigeradores (-1,76%), máquinas de lavar roupa (-1,5%) e televisores (+0,09%) sofreram menos pressão inflacionária. “Esses produtos podem representar boas oportunidades de compra.

“É importante comparar preços, já que o ambiente inflacionário ainda impõe desafios ao poder de compra das famílias”, avalia.

O comércio de rua, incluindo as lojas do centro e de bairro, será o principal local das compras, atraindo 40,7% dos consumidores. As aquisições pela internet somam 23,9% das intenções, seguidas pelos shoppings, com 23%.

A maioria dos filhos deve deixar para comprar o presente até uma semana antes da data (66,7%). Outros 18,6% se anteciparão de 8 a 15 dias antes, enquanto 8,4% deixarão para o próprio domingo. Apenas 6,3% já garantiram o presente com mais de 15 dias de antecedência.

Embora a preferência de compra ainda seja nas lojas físicas, a internet é o principal canal de pesquisa de preços: 52,9% dos entrevistados afirmaram que vão buscar valores on-line. Apenas 15,4% pretendem fazer essa comparação pessoalmente.

A qualidade do produto é o critério mais relevante para a decisão de compra, elencada por 36,5% dos paranaenses, e especialmente entre os homens, com 38,5%.

O atendimento do vendedor é outro aspecto que faz a diferença no momento de comprar o presente e foi apontado por 21,4% dos consumidores, independentemente do gênero. Só depois é que foram mencionados os fatores relacionados a preço baixo (10,9%) e promoção (9,2%).

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