Embora a adesão ao padrão nacional da Nota Fiscal de Serviço eletrônica (NFS-e) já contemple 1.289 municípios, incluindo 19 capitais responsáveis por cerca de 70% da arrecadação nacional de serviços, a adoção efetiva do modelo unificado ainda enfrenta entraves.
Apenas 261 desses municípios emitem diretamente pelo ambiente nacional, enquanto os demais seguem utilizando sistemas próprios. Esse cenário mantém a fragmentação e dificulta o avanço na simplificação do processo de emissão fiscal, objetivo central do projeto da NFS-e Nacional.
Segundo dados da Receita Federal, 811 municípios ainda não estão ativos no ambiente unificado, o que evidencia os desafios enfrentados pelas empresas que desenvolvem e mantêm soluções fiscais.
A ausência de um padrão homogêneo obriga as software houses a lidarem com múltiplas regras, formatos e integrações, elevando a complexidade técnica, os custos operacionais e os riscos de não conformidade.
Nesse contexto, a demanda por soluções tecnológicas robustas e adaptáveis se intensifica, especialmente entre desenvolvedores que atuam em escala nacional.
Para Jonathan Santos, CEO da TecnoSpeed, a consolidação do ambiente nacional e o avanço tecnológico são fundamentais para simplificar a emissão fiscal:
“A falta de padronização fiscal no país cria um efeito dominó: aumenta os custos, eleva os riscos e desacelera a digitalização dos serviços públicos. Enquanto o ambiente nacional não se consolida, as software houses seguem sobrecarregadas. O futuro da NFS-e Nacional depende da aceleração dessa adesão e de ferramentas tecnológicas capazes de integrar realidades fiscais tão diversas”, afirma.