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Curitiba registra queda na inflação de maio com alívio nos preços de frutas e ovos

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Foto: Victor Hugo Silva de Getty Images/Canva

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou, em junho, uma inflação de 0,14% em Curitiba e Região Metropolitana (RMC), desacelerando em relação ao mês anterior.

De acordo com o Boletim da Inflação, realizado pela Fecomércio PR a partir de dados divulgados pelo IBGE, o recuo nos preços do melão (-18,78%), tangerina (-15,55%), laranja-pera (-12,41%), banana d´água (-9,42%) e ovo de galinha (-7,91%) contribuiu para essa queda, refletindo uma melhora na oferta e uma safra favorável na região. Também chama a atenção a queda no preço de alimentos para animais (-6,92%).

O economista e assessor econômico da Fecomércio PR, Lucas Dezordi, esclarece que com a recente queda na taxa de câmbio e uma boa safra, os alimentos tendem a reduzir os preços nos próximos meses.

Ele também destaca que, apesar da desaceleração mensal, o IPCA acumulado em 12 meses na capital paranaense e RMC alcançou 5,12%, patamar inferior a taxa nacional que foi de 5,35%, ultrapassando o teto da meta oficial pelo sexto mês consecutivo.

“Observaremos, portanto, uma inflação oficial acima do limite de 4,50% em 2025 e a necessidade do envio da Carta Aberta do Banco Central para o presidente do Conselho Monetário Nacional. Com uma inflação mais elevada e persistente, a política monetária ficará restritiva por um bom tempo”, projeta.

Alguns itens ainda pressionam os custos na capital paranaense. Produtos em entressafra, como pepino (+24,28%) e tomate (+4,62), tiveram altas expressivas em maio, além de alimentos como peixe-tilápia (+4,27) e mortadela (+3,96).

Os alimentos sensíveis à estiagem também estão aumentando de preço. No acumulado de julho de 2024 a junho de 2025, o café moído subiu 87,23%, acompanhado por carnes (capa de filé, acém e alcatra).

“Seguindo a tendência nacional, os alimentos em Curitiba e Região Metropolitana estão pressionando os preços para cima. As queimadas reduziram a pastagem e o preço das carnes subiram forte. Nos próximos meses, os preços tendem a se estabilizarem e até caírem um pouco”, analisa Lucas Dezordi.

No Brasil, o grupo Habitação apresentou a maior variação (+0,99%), com a vigência da bandeira tarifária vermelha patamar 1 no mês de junho, adicionando R$4,46 na conta de luz a cada 100 KWh consumidos.

A energia elétrica residencial foi o subitem com o maior impacto individual no índice do mês (0,12 p.p.). Os grupos Alimentação e Bebidas, de maior peso no índice, desaceleraram de +0,17% em maio para -0,18% em junho, impulsionado pela alimentação no domicílio.

Os subitens que mais subiram no mês de maio na economia brasileira foram: pepinos (+24,28%), pimentão (+14,01%), manga (+13,97%), transporte por aplicativo (+13,77%), morango (+8,20%) e aluguel de veículos (+5,45%), todos com fortes altas.

As quedas mais expressivas no cenário nacional foram laranja-lima (-15,86%), melão (-13,89%), laranja-baía (-11,14%), laranja-pera (-9,19%) a ovos de galinha (-6,58%).

“Após meses de forte alta, as condições de oferta e demanda de frutas em geral estão se restabelecendo. A boa notícia foi a queda expressiva nos preços dos ovos de galinha”, ressalva Dezordi.

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