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Projeto prepara universitários para desafios avançados em programação

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Foto: Kiko Sierich/Itaipu Parquetec

Com o objetivo de preparar estudantes para desafios de alto nível em competições de programação e atuação em projetos de ponta, o Itaipu Parquetec e a Itaipu Binacional, em parceria com a Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), estão desenvolvendo em Foz do Iguaçu o projeto “Estudos Avançados de Algoritmos e Maratonas de Programação”.

Vinculado ao convênio Centro de Tecnologias Abertas e IoT (CTAIOT III), a inciativa será executada ao longo de 10 meses, com previsão de conclusão em novembro.

Desde o mês de fevereiro, seis acadêmicos do curso de Ciência da Computação da Unioeste do Campus de Foz estão vivenciando uma imersão completa em algoritmos, estruturas de dados e resolução de problemas computacionais avançados, competências cada vez mais valorizadas no mercado global.

O programa prevê, além da formação dos universitários, a realização e organização de eventos regionais de programação, a participação em competições oficiais, com expectativa de qualificação para a etapa nacional da Maratona SBC de Programação.

Organizada anualmente pela Sociedade Brasileira de Computação desde 1996, ela é parte da seletiva sul-americana do prestigiado International Collegiate Programming Contest (ACM ICPC) — o maior concurso mundial de programação.

No último ano, a competição mobilizou mais de 1.400 equipes na América Latina, entre elas, uma equipe da Unioeste, de Foz do Iguaçu, que já alcançou a seleção para a etapa nacional em João Pessoa (Pernambuco).

Segundo o diretor de tecnologias do Itaipu Parquetec, Alexandre Leite, os estagiários também estão atuando no desenvolvimento de projetos no Centro de Tecnologias Aplicadas, reforçando a conexão entre as atividades acadêmicas e os desafios tecnológicos.

“Este projeto fortalece a formação acadêmica e amplia a empregabilidade dos estudantes, preparando-os para desafios técnicos e profissionais. Além disso, promove habilidades práticas essenciais, como resolução de problemas computacionais complexos e aplicação prática de algoritmos, trabalho em equipe e criatividade, fundamentais para o mercado”, afirmou.   

O graduando de ciência da computação da Unioeste e integrante do time “Papibaquígrafo Trevoso”, Dyogo Romagna Bendo, contou que desde o ensino fundamental é motivado pelos desafios que estimulam seu interesse por matemática e computação.

“Como o trabalho de um profissional de tecnologia tem como seu cerne basicamente isso: encontrar a melhor solução disponível para um problema, participar da maratona de programação tem com certeza me permitido transformar em um profissional mais capacitado, me tornando apto a resolver problemas mais complexos, de forma mais eficiente e em menos tempo”, contou Dyogo, que também atua como técnico no centro de Gestão Energética do Itaipu Parquetec.

De acordo com o Superintendente de Informática da Itaipu, Everton Schonardie Pasqual, a usina tem como uma das suas missões desenvolver o capital humano, social e tecnológico, com o objetivo de ter na região oeste do Paraná, pessoas com capacidades técnicas iguais ou superiores em relação a outros centros humanos.

“Com isso, foi concebido o convênio entre a Itaipu Binacional e o Itaipu Parquetec que estabeleceu o Centro de Tecnologias Abertas e IoT – CTAIOT para proporcionar um ambiente com recursos necessários para que os estudantes e profissionais das áreas de tecnologias possam inovar e se desenvolver em um mercado que se reinventa a cada momento. Esta iniciativa em específico tenta trabalhar já na graduação este sentimento de inovação e competitividade que a carreira profissional vai exigir”, destacou.

A execução das atividades do projeto está sendo realizada pela Unioeste, que lidera a condução pedagógica da iniciativa. O corpo docente e os estudantes da universidade têm sido protagonistas na implementação das ações previstas no convênio, ao mesmo tempo em que compartilham a bagagem construída ao longo de mais de uma década de envolvimento com à programação competitiva.

O professor da Unioeste, Antonio Hachisuca (Shiro), explica que a participação na Maratona de Programação é uma tradição de mais de 10 anos no curso, contribuindo para o desenvolvimento de habilidades como raciocínio lógico, interpretação de problemas e trabalho em equipe.

“Por ser uma competição regional, nacional e mundial, ela permite avaliar o desempenho dos nossos alunos frente a outras instituições; os resultados obtidos demonstram que o nosso curso tem se destacado”, afirmou.

Ele ressalta ainda que os bons resultados recentes demostram a qualidade da formação, fortalecida por essa parceria com o Itaipu Parquetec e a Itaipu, que “viabilizou vagas e estágio e a atuação direta dos estudantes no desenvolvimento de soluções computacionais para projetos tecnológicos de grande relevância”.

A aluna da Unioeste e estagiária do projeto, Eduarda Gonçalves da Cunha, destaca que a participação na iniciativa tem trazido impactos diretos na sua formação.

“Minha vida acadêmica também tem melhorado consideravelmente. Muitas matérias exigem um conhecimento de programação, algoritmos e estrutura de dados elevado, das quais não preciso me preocupar já que estudo. Além disso, venho percebendo que aprendo conteúdos de maneira muito rápida, porque desenvolvi bastante a lógica”, contou.

Com relação ao futuro profissional, embora ainda esteja explorando possibilidades de atuação, Eduarda tem clareza sobre o tipo de desafio que deseja: projetos de escalabilidade.

“A maratona me possibilita potencializar minhas habilidades de resolução de problemas. Quero continuar a resolver problemas desafiadores e complexos, de maneira rápida e eficiente, na minha área de trabalho”, concluiu.

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