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PR está entre os estados que mais aportam recursos por pessoa na Bolsa de Valores

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Foto: kasto/Canva

Os investidores paranaenses estão entre aqueles que, proporcionalmente ao tamanho da sua população, mais investem na Bolsa de Valores e que, na média, mais aportam valores, por pessoa física, de acordo com dados da B3 de agosto de 2025 e do IBGE.

Ao todo, o estado possui 390.278 contas sob custódia na B3, o quarto maior em números absolutos. O valor total investido é de R$29,58 bilhões, quinto maior do país e o segundo maior do Sul. A quantia representa 5,21% de todo o capital aplicado no país

Considerando os dados do IBGE de 2024, cerca de 3,30% da população paranaense investe na Bolsa de Valores, um número que só fica atrás de São Paulo (4,73%) e Rio de Janeiro (3,58%). Além disso, ao se realizar uma média entre os valores investidos por investidores, o estado também fica em terceiro lugar, com um valor de R$91.732,11, atrás apenas do Rio de Janeiro e do Distrito Federal. 

O gestor e sócio da Garoa Wealth Management, Fernando Camargo Luiz, destaca que o Paraná é um estado estratégico para a atuação da consultoria, que se dedica à construção de planos de investimento alinhados ao perfil dos investidores, além da análise de portfólios para otimização da relação risco-retorno. 

Ele aponta que houve um crescimento expressivo no estado nos últimos anos. O número de investidores praticamente dobrou em relação ao início de 2021, quando somava 201.596. O crescimento em 2025 foi de 93,59%. O valor total investido passou de R$20,82 bilhões para R$29,58 bilhões, um aumento de 42,08%

“O estado apresentou um aumento significativo no interesse pela Bolsa de Valores nos últimos anos, o que mostra o grande potencial de crescimento no número de investidores paranaenses. Ainda há espaço para que esse número avance, mas é preciso ter estratégia. Muitos investidores assumem riscos desnecessários, alocando grande parte de seus recursos em renda fixa atrelada a crédito privado corporativo”, alerta Luiz, ao destacar que o número de investidores ainda está aquém do potencial do Estado.

Recém-chegada ao mercado, a consultoria já administra mais de R$1 bilhão em patrimônio sob acompanhamento e R$1,5 bilhão em carteiras analisadas e reformuladas.

“Há consultorias que recomendam que os clientes aloquem mais da metade da carteira em FIDCs e fundos multimercado de crédito privado, sob o argumento de que esses ativos oferecem estabilidade e performance superior ao CDI, com riscos pulverizados. No entanto, essa percepção de baixa volatilidade é enganosa”, destaca Luiz.

Segundo ele, o crédito privado corporativo traz um risco adicional relacionado à liquidez. Caso o investidor precise se desfazer do ativo antes do vencimento, não é garantido que ele conseguirá realizar essa venda e há o risco de sofrer uma perda total desse investimento.

“O alerta que fazemos é: se o seu perfil é conservador, evite esse tipo de armadilha. Busque fundos com estratégias de proteção de capital e liquidez, seja para investimentos de curto e médio prazo ou para previdência. Até fundos de renda fixa considerados conservadores podem conter até 20% do portfólio em crédito privado, conforme permitido pela regulamentação, o que pode gerar riscos desnecessários”, ressalta.

Outro ponto relevante é que muitos profissionais do mercado evitam recomendar alternativas mais seguras porque as comissões são mais baixas, gerando um conflito de interesses.

“Criamos a Garoa Wealth para atuar de forma independente, sempre priorizando o melhor interesse do cliente. Nosso modelo de remuneração é transparente: não recebemos comissões de corretoras ou emissores de produtos financeiros. Nossa receita vem exclusivamente dos clientes, o que nos permite recomendar os melhores ativos de qualquer instituição, sem viés comercial”, explica Luiz.

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