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Envelhecimento no PR acende alerta para a necessidade de planejamento do futuro

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Foto: druvo de Getty Images Signature/Canva

O envelhecimento da população brasileira é uma realidade cada vez mais evidente, especialmente no Paraná, onde aproximadamente 1,9 milhão de pessoas têm 60 anos ou mais, de acordo com o Censo de 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Isso representa 16% da população do estado, que ocupa a 6ª posição no ranking nacional de envelhecimento, ficando atrás apenas de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Bahia. Nesse cenário, surge a dúvida: os paranaenses estão preparados financeiramente para o futuro?

Segundo a 7ª edição do Raio-X do Investidor Brasileiro, desenvolvido pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), cerca de 50% das pessoas esperam que o INSS seja a principal fonte de renda na aposentadoria. Esse dado acende um alerta diante do envelhecimento da população, que, segundo projeções, deve ultrapassar um terço em 2050.

Um estudo desenvolvido pela especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental, Carolina Veríssimo Barbieri, servidora do Ministério da Previdência Social, que foi publicado pela instituição, aponta que em 25 anos a razão de dependência no Brasil, considerando-se os idosos, passará a 35,4%, ou seja, haverá três pessoas em idade ativa – potencialmente com capacidade de trabalhar – para cada idoso.

Essa mudança no padrão etário brasileiro deve aumentar o número de idosos dependentes do benefício, enquanto a base de contribuintes diminui, o que pode gerar um desequilíbrio no sistema previdenciário público.

Diante desse cenário, é preciso começar a se preparar hoje para estruturar a sua vida no futuro. Para Renato Sarreta, sócio e líder regional da XP no Sul, com planejamento, organização e objetivos bem estabelecidos é possível criar estratégias de longo prazo, que garantam a sustentabilidade da vida financeira e uma menor dependência do INSS.

“Atualmente, muitos idosos dependem exclusivamente do INSS e encontram um grande desafio para manter as despesas essenciais e a qualidade de vida. Por isso, é importante começar esse planejamento o quanto antes e encontrar soluções que tragam mais segurança e tranquilidade à maturidade”, afirma.

O especialista orienta que os investimentos podem ser grandes aliados em todas as fases da vida.

“É fundamental desenvolver a educação financeira desde cedo e incentivar o planejamento de longo prazo para garantir estabilidade financeira no futuro. Construir uma carteira diversificada, incluindo previdência privada, fundos de investimento, ações e títulos públicos, pode assegurar uma renda complementar estável e proteger o patrimônio contra a volatilidade do mercado”, explica.

Para quem está em um momento economicamente ativo, a recomendação do líder regional da XP é conhecer o seu perfil de investidor e traçar seus objetivos de médio e longo prazo.

“Com o apoio de um assessor de investimentos, você conseguirá entender suas finanças, seu momento atual e os objetivos futuros. Existem produtos para todos os tipos de investidor, dos mais conservadores, com opções em renda fixa – que têm se tornado atrativas diante do cenário de alta de juros – até produtos da chamada renda variável, que oferecem maior rentabilidade a longo prazo, para quem é menos sensível ao risco”, orienta.

Já para aqueles que estão próximos ou já chegaram à aposentadoria, a recomendação é investir uma parcela da reserva constituída até aqui, seja de recursos próprios, acerto financeiro da empresa ou o saldo do FGTS, em produtos com rentabilidade mensal, que podem auxiliar no complemento da renda, e outra parte em produtos com retirada em médio e longo prazo. 

“Os produtos de renda fixa têm apresentado uma melhor margem de ganho e estão atraindo os investidores, principalmente por oferecer estabilidade e segurança. Entre os mais buscados estão os títulos pós-fixados e o Tesouro Selic. Mas, a diversificação é sempre o melhor caminho, pois ajuda a proteger o patrimônio diante de cenários de instabilidade. Por isso, vale buscar apoio especializado e conhecer todas as possibilidades alinhadas ao seu perfil e objetivos”, reforça Sarreta.

Segundo dados da B3, a população acima dos 56 anos está entre a que mais investe no país – são mais de 860 mil investidores – e é responsável por 55% do montante aplicado, o que equivale a R$ 311,29 bilhões.

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