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PR abre portas para os pequenos negócios na 16ª Expo Paraguay Brasil

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Foto: Foto: Marcos Labanca

Empresários do Paraná participaram da 16ª Expo Paraguay Brasil, realizada de 8 a 10 de setembro, em Ciudad del Este. Considerado o principal evento de negócios entre os dois países, o encontro reuniu lideranças e empreendedores do Mercosul em um ambiente voltado à geração de oportunidades, conexões estratégicas e à internacionalização.

O Sebrae/PR, em parceria com a Fecomércio/PR, Sistema Fiep e Ocepar, estruturou o estande do Paraná, espaço que deu visibilidade aos pequenos negócios e startups do Estado, estimulando contatos com compradores, fornecedores e potenciais parceiros do mercado paraguaio e até de outros países da região.

Além das rodadas de negócios, a programação contemplou conferências, reuniões bilaterais e ações networking com empresários e instituições, incluindo a Embaixada Brasileira no Paraguai. Mais de 190 empresários paranaenses e 10 startups participaram via a parceria das instituições do Estado.

Para empresários, o evento foi uma porta de entrada para novos mercados, permitindo que marcas paranaenses se apresentem fora do Brasil, consolidem parcerias e iniciem negociações que podem gerar frutos a médio e longo prazo.

De Maringá, o empresário Diego Braga, que atua ramo da indústria nutracêutica, avaliou a participação na Expo e nas rodadas como um passo inicial para os planos de internacionalização da empresa.

“A Supraervas trabalha com alimentos funcionais e suplementação alimentar. Temos quase 400 produtos, entre cápsulas, comprimidos, líquidos, solúveis e gotas”, explica.

“Nosso mercado hoje é mais nacional, mas estamos engatinhando na exportação. Já temos alguma coisa aqui no Paraguai e buscamos o Mercosul de forma mais ampla. É a nossa primeira feira internacional, então é a experiência que vamos adquirindo. Começamos alguns contatos, alguns ‘namoros’. A gente não vem esperando grandes negócios logo de cara, mas já conseguimos boas conexões”, afirma.

Do setor de confecções, a empreendedora Ana Paula de Oliveira Bosco, de Toledo, participou pela primeira vez da feira e vê no evento uma chance de ampliar horizontes.

“A visão de vir para a feira foi realmente conhecer e sentir o mercado. Não é só comprar e vender, mas também fechar parcerias para que a gente consiga expandir e através de processos cooperações”, explica.

Ana Paula atua no setor de uniformes corporativos com a marca Lilibeth e pretende atingir o mercado paraguaio.

“Nosso objetivo é trazer a nossa qualidade, trazer a nossa matéria-prima brasileira. Dentro da empresa, prezamos por fornecedores nacionais e queremos levar toda essa cultura da qualidade da nossa indústria para parceiros, no Paraguai”, completa Ana Paula.

O empreendedor Leandro Penha, de Londrina, participou de rodadas de negócios, apresentando duas startups que atuam em frentes distintas, mas complementares: uma voltada à gestão de serralherias e vidraçarias, e outra que utiliza inteligência artificial para melhorar dados corporativos.

“Viemos com o intuito de trazer tecnologia para o país. Nosso software de IA é uma ferramenta inovadora, que funciona como um BI capaz de responder de forma simples às dificuldades de acesso às informações. A proposta é democratizar o acesso aos dados”, explica.

Além da solução de inteligência artificial, outro produto foi um software criado para transformar a rotina de serralheiros e vidraceiros.

“Nosso lema é transformar cada serralheiro e vidraceiro em um grande empresário. O sistema permite que o profissional faça orçamentos imediatos na obra, planeje a produção, gerencie instalação, checklist, notas, boletos, Pix, enfim, um ecossistema completo para acompanhar toda a jornada do cliente”, detalha.

A recepção do mercado paraguaio, segundo Leandro, foi positiva já no primeiro dia da feira, para as startups Tega e W.Vetro.

“Conseguimos contatos no Paraguai, inclusive em Ciudad del Este e Assunção, além de conexões com empresários do Chile e da Argentina”, comemora.

Geovane Daga Neto que tem uma indústria no segmento de bebidas em Colombo, na Região Metropolitana de Curitiba, também participou pela primeira vez do evento e conta que o aprendizado será fundamental para os próximos passos.

“Valeu a experiência, o conhecimento adquirido. A Feira como um todo atendeu nosso propósito de conectar e projetar o negócio. Agora, é trabalhar com esse aprendizado, para concretizar nossa ideia”, avalia.

Geovane, cuja empresa leva o seu sobrenome na marca, afirma ter sido surpreendido pela aceitação dos produtos.

“Fiz contatos que considero com grande potencial até com brasileiros. E, além dos paraguaios, abrimos uma conversa com um possível parceiro do Chile, o que seria uma abertura de portas em nível mundial”, destaca o empreendedor.

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