Com novos hábitos de consumo e uma visão mais estratégica sobre a aquisição de imóveis, a Geração Z vem redesenhando o perfil do comprador no setor imobiliário. Em Curitiba, esse movimento já se reflete de forma concreta nos números da Construtora Equilíbrio, que viu a participação de jovens nascidos a partir da segunda metade dos anos 1990 praticamente dobrar em um ano.
Segundo a empresa, em 2024, esse grupo representava 18% das vendas totais. Já entre janeiro e julho de 2025, o número saltou para 38,88%, sinalizando uma mudança consistente no comportamento de compra na capital paranaense.
“Essa geração enxerga o imóvel como uma ferramenta de liberdade e investimento, e não necessariamente como um ponto final de estabilidade. Isso muda tudo: desde o tipo de produto que desenvolvemos até a forma como conduzimos a jornada de compra”, explica Anna Paula Araujo, diretora de incorporação da Construtora Equilíbrio.
A busca por maior autonomia, agilidade nos processos e experiências digitalizadas tem levado a incorporadora a adaptar seus empreendimentos e canais de atendimento. Plantas versáteis, localizações conectadas aos centros urbanos, tecnologias embarcadas e mais espaços de lazer, são alguns dos diferenciais valorizados por esse público.
Outro ponto central é a preocupação com o meio ambiente.
“A preservação ambiental não é um bônus, é uma exigência. Projetos que demonstram responsabilidade ecológica são muito mais bem recebidos por esse novo perfil de comprador”, destaca Araujo.
Os dados da Equilíbrio coincidem com o cenário traçado pelo Índice de Demanda Imobiliária (IDI Brasil), divulgado em julho, que identificou Curitiba entre as capitais com maior movimentação na procura por imóveis verticais no primeiro trimestre de 2025.
Realizado pelo Ecossistema Sienge, CV CRM e Grupo Prospecta, em parceria com a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), o estudo reforça a crescente presença dos jovens na tomada de decisão sobre investimentos em habitação.
Para a diretora, mais do que uma tendência passageira, o avanço da Geração Z como força de compra no setor imobiliário representa um novo paradigma.
“É uma geração que quer viver bem agora, mas com inteligência financeira. E ela está disposta a comprar, desde que o produto dialogue com seus valores e seu tempo. Quem entender isso primeiro, vai sair na frente”, conclui Anna Paula.
Com quase 40% das vendas concentradas nesse público apenas nos sete primeiros meses do ano, a Construtora Equilíbrio já colhe os efeitos de ter lido corretamente os sinais de um novo mercado. Um que é mais digital, mais consciente e, sobretudo, mais jovem.
