Nos dias 10 e 11 de setembro, Curitiba sediará a Smart Energy 2025 – Conferência Internacional de Energias Inteligentes, promovida pela Fiep e pelo Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar), e organizada pela Rede Paraná Tecnologia e Metrologia.
Já consolidado no calendário de eventos no setor, o encontro discutirá a transição energética, com ênfase na geração da energia a partir de fontes renováveis e sustentáveis.
Um dos assuntos principais desta edição será o hidrogênio renovável.
“O hidrogênio ocupa um papel bem importante, pois ao melhorar o uso da energia com alternativas, consome-se menos e, consequentemente, a operação se torna mais sustentável. Trata-se de um foco alinhado ao contexto de ESG (significa em inglês, Environmental, Social and Governance, ou seja, faz referência às ações no âmbito Ambiental, Social e Governança), cada vez mais valorizado por empresas e pela sociedade”, diz o diretor de Novos Negócios e Relações Institucionais do Tecpar, Celso Kloss.
Com potencial para atender setores em que a eletricidade, sozinha, não é suficiente, o hidrogênio tem forte aderência na indústria.
“O hidrogênio renovável tem grande potencial para indústrias de difícil eletrificação, como a siderurgia, onde pode substituir o coque na produção de aço de baixo carbono, e o setor químico, viabilizando amônia e metanol sustentáveis. Sua grande força está na versatilidade: pode ser usado como combustível, armazenado para geração de energia ou convertido em derivados. No Brasil, a produção descentralizada pode reduzir custos logísticos e fortalecer a segurança energética do país”, explica Ricardo Gonçalves de Morais, pesquisador no Instituto Senai de Tecnologia em Meio Ambiente e Química, que integra o Sistema Fiep.
A Smart Energy 2025 trará experiências inovadoras em outras fontes, como o uso de microalgas para a produção de biocombustíveis, desenvolvido pelo Núcleo de Pesquisa e Desenvolvimento de Energia Autossustentável (NPDEAS) da Universidade Federal do Paraná (UFPR).
“Estão sendo desenvolvidas soluções que associam a recuperação energética de resíduos via incineração com o uso de microalgas em fotobiorreatores. A proposta se baseia em um sistema circular que envolve o calor proveniente dos resíduos que gera energia elétrica, os gases de exaustão que passam por biofiltração com microalgas, que consomem CO₂ e outros poluentes; com os efluentes líquidos e nutrientes residuais que são aproveitados no cultivo dessas microalgas, e com a biomassa resultante que pode ser convertida em biocombustíveis, biofertilizantes e insumos de alto valor agregado”, explica Dhyogo Mileó Taher, doutor em Engenharia e Ciência dos Materiais pela Universidade Federal do Paraná.
Taher palestrará no dia 11 de setembro, com o tema: “Recuperação Energética de Resíduos: Produção de Energias e Biocombustíveis de Microalgas”.
O uso do hidrogênio renovável, a mobilidade elétrica e a transição energética também estão entre os temas da Smart Energy 2025, que contará ainda com o Fórum Eficiência Energética, realizado paralelamente à conferência.
Durante os dois dias, os participantes terão acesso a painéis, palestras e oportunidades de networking com os principais atores do mercado. As inscrições estão abertas e, até o dia 31 de agosto, o custo é de R$ 360,00.
